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Os bastidores da produção da cola Super Bonder

Usado para pequenos reparos, o adesivo foi criado pela empresa norte-americana Loctite que, em 1997, foi comprada pela alemã Henkel

Sinônimo de categoria (Luísa Melo/EXAME.com)

Luísa Melo

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 09h58.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h30.

São Paulo - O Brasil é o maior consumidor de Super Bonder do mundo. Por aqui, a marca praticamente se tornou sinônimo para cola instantânea. Usado para pequenos reparos, o adesivo foi criado pela empresa norte-americana Loctite que, em 1997, foi comprada pela alemã Henkel . Uma única gota do produto, segundo a fabricante, é capaz de suportar até nove toneladas.  EXAME.com foi até a fábrica da companhia em Itapevi, no interior de São Paulo , para descobrir como ele é feito. Confira nas fotos.
  • 2. 45 dias

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  • Veja também

    As matérias-primas usadas na fabricação de Super Bonder são inflamáveis e ficam armazenadas em um galpão equipado com sistemas de segurança à prova de explosão. O estoque é grande e abriga componentes suficientes para um mês e meio de produção. O período é longo porque a maior parte dos materiais são importados, o que exige uma margem de segurança para evitar qualquer problema no abastecimento, segundo a Henkel.
  • 3. Mistura química

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  • Do estoque, as matérias-primas são pesadas e enviadas para a planta química. Aquelas usadas em grande quantidade são bombeadas automaticamente. O principal ingrediente do Super Bonder é o etil-cianoacrilato. Dentro de enormes tanques mantidos sob pressão negativa para evitar explosões, o etil-cianoacrilato é misturado a outras substâncias que a empresa não revela. Juntas, elas provocam uma reação isotérmica que dá origem à base do adesivo, chamada de monômero.
  • 4. 1.000 litros

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    Em seguida, o monômero é acrescido de outros materiais que a Henkel também não divulga. Depois de mais um tempo de mistura, a cola Super Bonder já está pronta e é então depositada em contêineres de 1.000 litros (ao fundo da foto). Ela pode ficar armazenada por até um mês antes de ser envasada.
  • 5. Tudo controlado

    5 /15(Luísa Melo/EXAME.com)

    Dezenas de toneladas de Super Bonder e colas para linhas industriais são fabricadas por mês. Todo o processo de fabricação é controlado rigorosamente por um sistema que supervisiona desde as reações químicas até a drenagem do produto pronto. A temperatura, umidade e eletricidade do ambiente são monitoradas para evitar acidentes.
  • 6. Linha de envase

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    Quando é dada a ordem de envase, os contêineres com o adesivo pronto são enviados para a linha de envase. De lá, a cola é bombeada para uma máquina que faz a distribuição do produto na quantidade certa para dentro de bisnagas de metal. A embalagem também é lacrada de forma automática, no mesmo processo. Os tubinhos de metal são importados já prontos, com o rótulo impresso. Na mesma máquina, eles recebem a data de validade.
  • 7. Aos montes

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    Por dia, são envasadas milhares de bisnagas de Super Bonder de 1,5 gramas, 3 gramas e 5 gramas. O processo é automático e muito rápido.
  • 8. Processo delicado

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    Em seguida, as bisnagas já prontas e seladas são levadas até a linha de embalagens. Lá, elas são acomodadas manualmente em um blister de plástico. A empresa diz que já tentou mecanizar essa etapa, mas não deu certo porque a bisnaga de metal amassa com muita facilidade, o que exige delicadeza.
  • 9. Um a um

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    Logo depois, por uma esteira, os blisters de plástico seguem pra uma máquina onde são fechados com uma espécie de capa de papelão, formando a embalagem individual de Super Bonder.
  • 10. Para dentro

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    Na sequência, as embalagens são colocadas por outro equipamento em uma caixa. Cada uma delas contém 24 unidades do adesivo.
  • 11. Plástico que encolhe

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    As caixas, por sua vez, são embaladas com um plástico termoencolhível. Ao passar por um aparelho com alta temperatura, o plástico se ajusta ao tamanho da caixa.
  • 12. Pilhas cobertas

    12 /15(Luísa Melo/EXAME.com)

    As caixas são empilhadas em palets – 280 delas são acomodadas por vez. As pilhas recebem então uma cobertura plástica. De lá, elas são levadas por caminhões até o centro de distribuição da Henkel em Jundiaí, também no interior de São Paulo, de onde seguem para supermercados e lojas de materiais de construção.
  • 13. Tempo integral

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    A unidade da Henkel em Itapevi funciona 24 horas por dia e emprega, segundo um gerente da unidade, 132 pessoas na área fabril – 40 delas trabalham na linha de Super Bonder. Na etapa de produção da cola, porém, atuam apenas seis funcionários: dois em cada turno. A Henkel tem ainda outras duas fábricas no Brasil: em Jundiaí e Diadema. Elas produzem adesivos industriais.
  • 14. Outras marcas

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    Além do carro-chefe Super Bonder, a Henkel vende no Brasil a marca Durepoxi e também linhas de colas escolares (rótulos Pritt) e profissionais (Cascola).
  • 15. Agora entenda como a madeira se transforma em papel

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  • Acompanhe tudo sobre:Como se fazEmpresas alemãsFábricasHenkel

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