Os 5 melhores (e piores) CEOs de 2014
Levantamento da Dartmouth's Tuck School of Business elegeu os líderes que se destacaram no ano
Daniela Barbosa
Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 19h31.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h55.
São Paulo - Elon Musk , fundador da Tesla e da Space X, foi eleito o melhor CEO de 2014, segundo levantamento da Dartmouth's Tuck School of Business, elaborado por Sydney Finkelstein, especialista em liderança e autor de diversos livros sobre o tema. Desde 2010, Finkelstein escolhe os melhores e piores CEOs e usa como critério o impacto das decisões de gestão de cada um nas companhias que lideram. De acordo com o especialista, destacar, não só os melhores, os piores líderes é uma maneira de aprender com eles. "As pessoas também costumam aprender com erros", disse. Veja nas fotos quem foram os melhores e piores CEOs de 2014.
Fundador da Tesla, montadora de carros elétricos, e da Space X, companhia de foguetes e equipamentos espaciais, Elon Musk foi eleito o melhor CEO de 2014. Para Finkelstein, 2014 foi um ano impressionante para empresário principalmente no que diz respeito a maneira como ele conduziu suas empresas. As ações da Tesla, por exemplo, cresceram 38% em 2014. Já a Space X fez uma série de viagens de sucesso para o espaço e ganhou contratos importantes do governo americano.
Fundador da Under Armour, Kevin Plank também está entre os destaques de 2014. A companhia, que atua no mercado de vestuários, calçados e acessórios esportivos, viu suas ações crescerem quase 60% no ano. Segundo Finkelstein, a Nike precisa "ficar em alerta" com a Under Armour.
Jack Ma dispensa apresentações. Em 2014, ele comandou o bem sucedido IPO do Alibaba e se tornar o homem mais rico da China. O faturamento do Alibaba cresceu pelo menos 50% neste ano.
No comando da farmacêutica Gilead Sciences desde 1996, John Martin tem executado muito bem a função de CEO e presidente do conselho da companhia. As ações da empresa se valorizaram mais de 40% neste ano e o faturamento deve dobrar na comparação com 2013.
Andrew Wilson é CEO da Electronic Arts, que já foi eleita uma das piores companhias dos Estados Unidos entre os anos de 2012 e 2013. Wilson, no entanto, conseguiu reverter esse cenário e fez com que as ações da desenvolvedora de jogos eletrônicos valorizassem quase 100% em 2014. "Incrível", descreveu Finkelstein.
A razão de Ricardo Espírito Santo Silva Salgado ser eleito o pior CEO de 2014 é uma só: o empresário foi responsável por levar à falência o segundo maior banco de Portugal, o Banco Espírito Santo (BES). No primeiro semestre do ano, o BES registrou perdas de 4,5 bilhões de dólares. Para Finkelstein, o fato de Salgado estar envolvido nas acusações de fraude só corrobora o título de pior CEO do ano.
Fundador da varejista de moda American Apparel, Dov Charney foi demitido do cargo de CEO da própria companhia por má conduta neste ano. A demissão aconteceu depois da abertura de uma investigação sobre as atitudes do empresário dentro da companhia. Por essa razão, Charney foi eleito o segundo pior CEO de 2014.
A Tesco, maior rede de supermercados do Reino Unido, é investigada por fraudar números dos seus resultados financeiros e o nome de Philip Clarke, demitido em julho da varejista, está envolvido nas acusações. A empresa enfrenta uma das maiores crises de sua história, depois que Dave Lewis, novo presidente, descobriu uma diferença de 250 milhões de libras no lucro estimado do primeiro semestre.
Depois de perder pelo menos meio bilhão de dólares neste ano, a Sears Holding, que detém diversas marcas de varejo nos Estados Unidos, tem também um dos piores CEOs do mundo - Eddie Lampert. Para Finkelstein, as estratégias de gestão do executivo falharam e a liderança arrogante foi uma das razões para o fracasso. Este é o segundo ano consecutivo que Lampert aparece na lista de piores CEOs.
Dick Costolo é presidente do Twitter e o motivo para ele ser eleito um dos piores CEOs do mundo está atrelado ao preço das ações da companhia - que caiu mais de 40% em 2014. Segundo Finkelstein, o Twitter não está aproveitando seu potencial e cresceu lentamente no último ano.