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Operadora local do Burger King negocia compra do Starbucks no Brasil

A SouthRock, que opera a rede de cafeterias no país, tem dívida estimada de R$ 1,8 bilhão

As conversas da Zamp com a rede de cafés teriam começado em dezembro (Daniel Giussani/Exame)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 21 de fevereiro de 2024 às 08h12.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2024 às 11h18.

A novela sobre a presença da Starbucks no Brasil ganha novos capítulos a cada dia. Na última terça-feira, a SouthRock, que opera a rede de cafeterias no país, apresentou à Justiça o seu plano de recuperação judicial. O documento mostra como a companhia pretende pagar seus credores e dá indícios da estratégia futura de como terá dinheiro para fazer esses pagamentos. A empresa está em um tumultuado processo de reestruturação desde outubro do ano passado, com dívidas de 1,8 bilhão de reais.

De acordo com informações do Valor Econômico, a Zamp, empresa que operadora no Brasil marcas como Burger King e do Popeyes, negocia acordo para adquirir a licença de operação da Starbucks no Brasil junto à matriz americana. As conversas teriam começado em dezembro. Sócio da Zamp, o fundo árabe Mubadala estaria em conversas diretas com a rede americana.

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A operadora confirmou a informação de que está avaliando a proposta. Em resposta a ofício da B3, a empresa disse que iniciou tratativas com a Starbucks Corporation envolvendo o direito de explorar a marca e desenvolver as operações da Starbucks no Brasil, "não tendo sido apresentada
qualquer proposta ou celebrado qualquer acordo ou contrato com a Starbucks Corporation, exceto por um acordo de confidencialidade".

Além da Zamp, outras duas cadeias de restaurantes sondaram representantes da rede de cafeteria.

No plano de recuperação judicial apresentado, a South Rock pontuou que, ao longo de 2023 foram fechadas mais de 55 lojas da Starbucks que apresentavam resultado negativo, além de uma reestruturação de 20% da equipe administrativa diretamente ligada à marca. No TGI Fridays, foram encerradas duas lojas que apresentavam prejuízo em 2023 das quatro existentes, incorporando a operação na estrutura da Brazil Airports Restaurants, outra marca da empresa. Aliás, nela, outras sete lojas foram fechadas.

"Além do encerramento de mais de 60 lojas deficitárias no ano de 2023, o Grupo SouthRock desmobilizou as equipes de desenvolvedores de aplicativos e plataformas online, reduzindo em 72% a equipe da Lab/Wahalla, mantendo apenas o essencial para preservar a operação, sendo que ao final de janeiro/24 encerrou as vendas pelo aplicativo da Starbucks, bem como o programa de Rewards. No corporativo, onde o Grupo SouthRock opera um centro de serviços compartilhados para todas as empresas, houve uma redução de aproximadamente 40%, adequando a estrutura para o novo momento da companhia", diz parte do plano.

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