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Olympus processa executivos sobre escândalo e ações sobem

Empresa japonesa anunciou que vai processar 19 executivos envolvidos nos problemas contábeis

O presidente da Olympus Shuichi Takayama se inclina, em sinal de desculpas, durante entrevista à imprensa, em Tóquio (Yoshikazu Tsuno/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 14h36.

Tóquio - A japonesa Olympus está processando seu presidente e outros 18 executivos, passados e atuais, por uma indenização de mais de 47 milhões de dólares, em sua luta para se recuperar de um dos maiores escândalos contábeis do país.

A fabricante de câmeras e equipamentos médicos disse na terça-feira que todos os membros do Conselho de Administração sujeitos ao processo iriam sair em março ou abril, mantendo por agora a incomum posição de continuar com o seu diretor-executivo mais antigo, Shuichi Takayamag, e cinco outros diretores que está processando por má administração.

Um analista afirmou que o Conselho atual terá dificuldade de tomar decisões estratégicas nos próximos meses, deixando a Olympus mais vulnerável a uma eventual oferta de compra.

"Essencialmente, todo mundo sente que eles estão no corredor da morte. Parece extremamente estranho que estejam no corredor da morte dentro da companhia", afirmou Nicholas Smith, diretor da empresa japonesa de estratégia de investimentos da CLSA em Tóquio.

"Não ter ninguém no leme faz parecer uma compra mais fácil".

As ações da Olympus subiram mais de 28 por cento, motivadas pela notícia, com os investidores apostando que os esforços de limpeza da companhia ajudariam a evitar a humilhante retirada da bolsa de valores de Tóquio, e ajudando a garantir que esteja no radar dos interessados.

Os investidores também aguardam com expectativa a eventual renovação do conselho e a Olympus resolver a questão da fraude contábil de 1,7 bilhão dólares que tem jogado um foco de luz sobre a reputação do Japão para a fraca governança corporativa.


A Olympus já perdeu praticamente metade de seu valor de mercado desde que o escândalo veio à tona, em outubro, quando despediu seu presidente-executivo britânico, Michael Woodford, por questionar negócios de aquisições no centro do escândalo.

"O plano para os atuais membros do Conselho de Administração que foram considerados responsáveis e estão sujeitos a processos é que completem suas funções para evitar qualquer impacto na implementação dos negócios, e todos irão renunciar em assembleia extraordinária de acionistas quer será realizada em março ou abril", disse a Olympus em comunicado.

Seis de 11 diretores da Olympus estão sendo processados; cinco (de um total de oito) são diretores internos e um dos três diretores externos.

Woodfor, que foi a público com suas preocupações depois de sua saída, disse na semana passada que estava abandonando um acordo para ser recolocado em seu antigo emprego, atacando grandes acionistas japoneses por terem falhado em sua tentativa de retorno.

Também estão sendo processados pela Olympus o ex-presidente do Conselho de Administração, Tsuyoshi Kikukawa, o ex-vice-presidente-executivo Hisashi Mori, e o ex-auditor interno Hideo Yamada.

Um painel de investigação externa levantou no mês passado que este trio tinha desempenhado papel importante em um esquema de 13 anos para esconder as perdas dos investidores da Olympus. Os ex-presidentes-executivos Masatoshi Kishimoto e Toshiro Shimoyama também foram incluídos nos processos.

Olympus está buscando até 3,6 bilhões de ienes (47 milhões de dólares) em indenização, com Kikukawa, Mori e Yamada sendo o alvo dos maiores montantes.

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Tóquio - A japonesa Olympus está processando seu presidente e outros 18 executivos, passados e atuais, por uma indenização de mais de 47 milhões de dólares, em sua luta para se recuperar de um dos maiores escândalos contábeis do país.

A fabricante de câmeras e equipamentos médicos disse na terça-feira que todos os membros do Conselho de Administração sujeitos ao processo iriam sair em março ou abril, mantendo por agora a incomum posição de continuar com o seu diretor-executivo mais antigo, Shuichi Takayamag, e cinco outros diretores que está processando por má administração.

Um analista afirmou que o Conselho atual terá dificuldade de tomar decisões estratégicas nos próximos meses, deixando a Olympus mais vulnerável a uma eventual oferta de compra.

"Essencialmente, todo mundo sente que eles estão no corredor da morte. Parece extremamente estranho que estejam no corredor da morte dentro da companhia", afirmou Nicholas Smith, diretor da empresa japonesa de estratégia de investimentos da CLSA em Tóquio.

"Não ter ninguém no leme faz parecer uma compra mais fácil".

As ações da Olympus subiram mais de 28 por cento, motivadas pela notícia, com os investidores apostando que os esforços de limpeza da companhia ajudariam a evitar a humilhante retirada da bolsa de valores de Tóquio, e ajudando a garantir que esteja no radar dos interessados.

Os investidores também aguardam com expectativa a eventual renovação do conselho e a Olympus resolver a questão da fraude contábil de 1,7 bilhão dólares que tem jogado um foco de luz sobre a reputação do Japão para a fraca governança corporativa.


A Olympus já perdeu praticamente metade de seu valor de mercado desde que o escândalo veio à tona, em outubro, quando despediu seu presidente-executivo britânico, Michael Woodford, por questionar negócios de aquisições no centro do escândalo.

"O plano para os atuais membros do Conselho de Administração que foram considerados responsáveis e estão sujeitos a processos é que completem suas funções para evitar qualquer impacto na implementação dos negócios, e todos irão renunciar em assembleia extraordinária de acionistas quer será realizada em março ou abril", disse a Olympus em comunicado.

Seis de 11 diretores da Olympus estão sendo processados; cinco (de um total de oito) são diretores internos e um dos três diretores externos.

Woodfor, que foi a público com suas preocupações depois de sua saída, disse na semana passada que estava abandonando um acordo para ser recolocado em seu antigo emprego, atacando grandes acionistas japoneses por terem falhado em sua tentativa de retorno.

Também estão sendo processados pela Olympus o ex-presidente do Conselho de Administração, Tsuyoshi Kikukawa, o ex-vice-presidente-executivo Hisashi Mori, e o ex-auditor interno Hideo Yamada.

Um painel de investigação externa levantou no mês passado que este trio tinha desempenhado papel importante em um esquema de 13 anos para esconder as perdas dos investidores da Olympus. Os ex-presidentes-executivos Masatoshi Kishimoto e Toshiro Shimoyama também foram incluídos nos processos.

Olympus está buscando até 3,6 bilhões de ienes (47 milhões de dólares) em indenização, com Kikukawa, Mori e Yamada sendo o alvo dos maiores montantes.

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