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Oi ganha liquidez com acordo com a Altice, diz Bernardo

O negócio prevê que a Altice pague 7,4 bilhões de euros à Oi pelos ativos portugueses da Portugal Telecom


	Loja da Oi: com isso, a Oi teria fôlego para fazer uma proposta no fatiamento da TIM
 (REUTERS/Nacho Doce)

Loja da Oi: com isso, a Oi teria fôlego para fazer uma proposta no fatiamento da TIM (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 13h14.

Rio - O acordo entre a Oi e a francesa Altice parece bom para a operadora brasileira, que pode melhorar suas condições e liquidez, analisou nesta segunda-feira, 01, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, destacando não ter maiores detalhes sobre a operação, anunciada no domingo, 30 de novembro.

O negócio prevê que a Altice pague 7,4 bilhões de euros (perto de R$ 23 bilhões) à Oi pelos ativos portugueses da Portugal Telecom.

Com isso, a Oi teria fôlego para fazer uma proposta no fatiamento da TIM, controlada pela Telecom Italia. O movimento deve gerar mais concentração no setor, o que não é bem-visto por Bernardo.

"Sempre disse que não remo nessa direção. Para o consumidor de telecomunicações é melhor ter mais empresas. Havendo um movimento do setor, tem de ser avaliado pelo governo. O Cade vai olhar sob o aspecto da concorrência e a Anatel avaliar aspectos regulatórios específicos do setor", afirmou.

Questionado sobre se a união com a italiana frustra o projeto de criação de uma supertele brasileira global, Bernardo afirmou que essa "é uma conversa ultrapassada" e que classificou como "uma notícia fantástica" a de que a Oi vai vender esses ativos para investir bilhões de reais no Brasil.

"Numa coisa eles concordam conosco. Esse mercado está crescendo muito e vai continuar. Se as empresas fizerem a consolidação dentro das normas legais não tem problema nenhum", disse Bernardo.

Ministério

Ministro do governo do PT há quase dez anos - primeiro na pasta do Planejamento e depois nas Comunicações - Bernardo confirmou que como outros ministros entregou sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff, por recomendação do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

O ministro deu indicativos de que pode não permanecer no ministério e, talvez no governo, no segundo mandato da presidente.

"Não sei. Não tenho a menor informação sobre isso, mas acho natural e desejável que tenha mudança. É preciso fazer renovação e ver o que mais se coaduna com os compromissos que ela (Dilma) assumiu na última campanha", afirmou. "Existe vida após governo", brincou.

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