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Oi deixa de lado oferta de Claro, TIM e Vivo e negocia com grupo americano

Mudança nos planos da venda representa reviravolta nos planos das teles de fatiar operações da empresa carioca por estados

Oi: empresa fechou acordo de exclusividade com o grupo Highline para negociar venda de seu setor de telefonia móvel (Nacho Doce/Reuters)

Oi: empresa fechou acordo de exclusividade com o grupo Highline para negociar venda de seu setor de telefonia móvel (Nacho Doce/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 23 de julho de 2020 às 07h27.

A Oi informou ao mercado na noite desta quarta-feira que fechou um acordo de exclusividade com a Highline para negociar a venda de suas operações de telefonia celular. O comunicado representa uma reviravolta nas negociações para venda de ativos da Oi.

As principais concorrentes da empresa, TIM, Vivo e Claro, haviam se unido para fazer uma proposta e planejavam fatiar as operações entre os estados para evitar aumento excessivo da concentração do mercado e possíveis restrições por órgãos de defesa da concorrência.

A Highline é controlada pela gestora americana Digital Colony e já tinha feito nesta semana uma proposta para comprar por R$ 1,076 bilhão pela unidade de torres da Oi, outro ativo à venda.

Segundo o comunicado da Oi, a proposta da Highline ficou acima do preço mínimo definido para as operações de telefonia celular. O preço inicial estimado no mercado era de R$ 15 bilhões.

Ao fechar o acordo de exclusividade, a Highline terá o direito de cobrir outras propostas recebidas ao longo da disputa. O acordo tem um período de vigência previsto até o próximo dia 3 de agosto, mas pode ser prorrogado.

A oferta das concorrentes TIM, Vivo e Claro foi formalizada no último fim de semana, quando a Claro se aliou às demais para a negociação conjunta.

A Highline é uma desenvolvedora independente de soluções de infraestrutura para a indústria de telecomunicações e atua em shoppings, hospitais, hotéis e prédios comerciais.

A venda das operações de telefonia celular é uma das bases do plano de recuperação da companhia, que recorreu à proteção da Justiça contra credores há quatro anos. A estratégia da companhia é se desfazer de negócios de telefonia celular, torres e data centers para atuar como provedora de infraestrutura de telecomunicações, com expansão da fibra óptica e da internet de alta velocidade.

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