OGX tem até outubro para provar que é um bom negócio
Produção começará pelo campo Waimea, na Bacia de Campos, e tem a dura tarefa de – finalmente – mostrar que a empresa vale o investimento
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2011 às 15h37.
São Paulo – Quando a petroleira OGX, de Eike Batista, divulgar o primeiro balanço do próximo ano, não haverá desculpas caso a empresa tenha (mais) um resultado negativo. Os executivos prometeram para “setembro ou outubro” o início da produção dos 34 blocos que a OGX opera – cinco deles na Colômbia.
O pontapé inicial vem do campo Waimea, na Bacia de Campos. O prazo inicial estava previsto para agosto, mas agora os executivos têm de correr contra o tempo para mostrar que o X, que batiza esta e as outras empresas de Eike Batista, significam mesmo multiplicação – mas de lucros, não prejuízos.
O caminho é longo. No primeiro trimestre deste ano, o lucro da empresa encolheu 88%, num prejuízo de 33,884 milhões de reais. O ano passado também foi difícil para as contas da OGX, quando a empresa encerrou o exercício fiscal com prejuízo líquido consolidado de 135,525 milhões de reais -- 34,6% pior do que o resultado de 2009.
Apesar dos resultados negativos, Paulo Mendonça, diretor-geral da companhia, mantém o otimismo. “Não há empresa com crescimento tão rápido quanto a OGX no setor”, disse ele em teleconferência de divulgação de resultados do trimestre, nesta segunda-feira (9/5).
O futuro próspero que Mendonça vislumbra tem por base a constante descoberta de poços da empresa. Com o novo relatório da consultoria D&M, a OGX tem recursos totais de 10,8 bilhões de barris de petróleo equivalente (boe). O problema: os recursos não foram provados. “Isso sempre causou desconfiança para a OGX, porque ela nunca produziu”, diz Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
A OGX informou que tem 4,1 bilhões de dólares em caixa para suportar os compromissos exploratórios e iniciar a produção. O diretor financeiro da empresa, Marcelo Torres, disse que considera a possibilidade de tomar empréstimos bancários e vender títulos para financiar os investimentos. Ou seja, mais peso no caixa.
O prejuízo no trimestre, segundo ele, foi provocado pelo rendimento de aplicações financeiras de 121,8 milhões de reais; efeito no resultado do valor justo em operações com derivativos negativo em 25,1 milhões de reais; e perdas líquidas realizadas com instrumentos financeiros derivativos associados ao hedge (proteção) cambial de 85,2 milhões de reais reais.
As despesas com exploração passaram de 23,4 milhões no primeiro trimestre do ano passado para 32,3 milhões no primeiro trimestre de 2011, um salto de 38% devido à intensificação da campanha exploratória na Bacia do Parnaíba. As despesas administrativas também foram altas: 43,4 milhões de reais. Agora é esperar para que as reservas se comprovem, paguem as despesas, gerem lucro e – finalmente – mostrem que a OGX é um bom negócio.
São Paulo – Quando a petroleira OGX, de Eike Batista, divulgar o primeiro balanço do próximo ano, não haverá desculpas caso a empresa tenha (mais) um resultado negativo. Os executivos prometeram para “setembro ou outubro” o início da produção dos 34 blocos que a OGX opera – cinco deles na Colômbia.
O pontapé inicial vem do campo Waimea, na Bacia de Campos. O prazo inicial estava previsto para agosto, mas agora os executivos têm de correr contra o tempo para mostrar que o X, que batiza esta e as outras empresas de Eike Batista, significam mesmo multiplicação – mas de lucros, não prejuízos.
O caminho é longo. No primeiro trimestre deste ano, o lucro da empresa encolheu 88%, num prejuízo de 33,884 milhões de reais. O ano passado também foi difícil para as contas da OGX, quando a empresa encerrou o exercício fiscal com prejuízo líquido consolidado de 135,525 milhões de reais -- 34,6% pior do que o resultado de 2009.
Apesar dos resultados negativos, Paulo Mendonça, diretor-geral da companhia, mantém o otimismo. “Não há empresa com crescimento tão rápido quanto a OGX no setor”, disse ele em teleconferência de divulgação de resultados do trimestre, nesta segunda-feira (9/5).
O futuro próspero que Mendonça vislumbra tem por base a constante descoberta de poços da empresa. Com o novo relatório da consultoria D&M, a OGX tem recursos totais de 10,8 bilhões de barris de petróleo equivalente (boe). O problema: os recursos não foram provados. “Isso sempre causou desconfiança para a OGX, porque ela nunca produziu”, diz Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
A OGX informou que tem 4,1 bilhões de dólares em caixa para suportar os compromissos exploratórios e iniciar a produção. O diretor financeiro da empresa, Marcelo Torres, disse que considera a possibilidade de tomar empréstimos bancários e vender títulos para financiar os investimentos. Ou seja, mais peso no caixa.
O prejuízo no trimestre, segundo ele, foi provocado pelo rendimento de aplicações financeiras de 121,8 milhões de reais; efeito no resultado do valor justo em operações com derivativos negativo em 25,1 milhões de reais; e perdas líquidas realizadas com instrumentos financeiros derivativos associados ao hedge (proteção) cambial de 85,2 milhões de reais reais.
As despesas com exploração passaram de 23,4 milhões no primeiro trimestre do ano passado para 32,3 milhões no primeiro trimestre de 2011, um salto de 38% devido à intensificação da campanha exploratória na Bacia do Parnaíba. As despesas administrativas também foram altas: 43,4 milhões de reais. Agora é esperar para que as reservas se comprovem, paguem as despesas, gerem lucro e – finalmente – mostrem que a OGX é um bom negócio.