Odebrecht pode voltar a operar no Equador, diz Correa
Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou hoje que a construtora brasileira Odebrecht, expulsa por ele em setembro de 2008, poderá voltar a operar no país depois que as controvérsias que o Governo mantinha com a companhia foram solucionadas. O presidente disse que o acordo supõe "uma derrota total da Odebrecht e uma […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou hoje que a construtora brasileira Odebrecht, expulsa por ele em setembro de 2008, poderá voltar a operar no país depois que as controvérsias que o Governo mantinha com a companhia foram solucionadas.
O presidente disse que o acordo supõe "uma derrota total da Odebrecht e uma vitória total do país", porque a brasileira "reconheceu todas as incidências, condicionamentos" e pagamentos que o Equador exigiu.
Em setembro de 2008, Correa ordenou a expulsão do país da construtora após não chegar a um acordo para a reparação da fábrica hidroelétrica San Francisco, que apresentou problemas estruturais.
A execução dessa obra, adjudicada a Odebrecht em 2007, foi financiada com um crédito de US$ 286,8 milhões outorgado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que o Equador impugnou por supostas irregularidades em sua contratação.
A Odebrecht se comprometeu a realizar os investimentos necessários para assegurar o funcionamento pleno e a longo prazo da central hidroelétrica San Francisco.
A construtora também efetuará as obras necessárias para o funcionamento da central por cinco anos e a reparação das obras civis, além de realizar um pagamento transacional pelas paralisações da central , entre outros.
Odebrecht deve fornecer ainda o suporte técnico e capacitação dos técnicos da Hidropastaza para a operação e manutenção da central San Francisco pelo prazo de 30 meses.