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Odebrecht e Enagás ganham licitação para gasoduto no Peru

Consórcio entre as companhias brasileira e espanhola venceu uma licitação que demandará investimentos de até US$ 4 bilhões

Obras da Odebrecht: gasoduto no Peru terá cerca de um mil quilômetros (Sergio Castro)
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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 17h55.

Lima/Madri - Um consórcio formado pela brasileira Odebrecht e a espanhola Enagás venceu nesta segunda-feira uma licitação para construir e operar um gasoduto que demandará investimentos de até 4 bilhões de dólares no Peru , o maior projeto de energia no país e fundamental para o governo do presidente Ollanta Humala.

O Proinversión, órgão estatal que promove o investimento privado no Peru, concedeu o projeto ao grupo denominado Gasoduto Sur Peruano, no qual a construtora Odebrecht tem uma participação de 75 por cento e Enagás de 25 por cento.

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O gasoduto com cerca de 1 mil quilômetros se estenderá desde a reserva de gás natural de Camisea, localizada no sul da selva do Peru, e cruzar a Cordilheira dos Andes para a região costeira de Moquegua, onde operam grandes mineradoras.

"Os recursos de Camisea, que têm contribuído para o desenvolvimento nos últimos 10 anos, vão chegar desta vez aos mercados do sul e permitirão sustentar o crescimento, que é o único caminho viável para combater a pobreza em nosso país", disse a jornalistas o ministro de Minas e Energia, Eleodoro Mayorga.

O prazo para a construção do gasoduto é de 56 meses, a contar da assinatura do contrato de concessão, de acordo com a agência estatal.

A concessão do projeto ocorre num momento em que a economia do Peru vem perdendo força por conta de uma menor demanda pelos minérios que o país exporta para a China, principal consumidor global.

O Proinversión disse que a Odebrecht e Enagás venceram a licitação ao ofertar 7,329 bilhões de dólares, incluindo investimentos entre 3,6 bilhões e 4 bilhões de dólares para construir o gasoduto e as despesas administrativas que serão geradas durante os 34 anos de concessão do projeto.

A agência estatal rejeitou a proposta técnica do outro grupo interessado no projeto, composto pela francesa Suez, a norte-americana Sempra, a argentina Techint e a colombiana TGI.

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