OAS recebe proteção de ativos nos EUA, mas processos seguem
Decisão de juiz impede que credores tomem ativos da OAS nos Estados Unidos, mas os vários processos da empresa no país continuam
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2015 às 18h03.
Washington - Um juiz norte-americano tomou uma decisão nesta sexta-feira que impede que credores tomem ativos do conglomerado brasileiro Grupo OAS nos Estados Unidos .
O magistrado não paralisou, porém, os vários processos contra a companhia no país.
O juiz Stuart M. Bernstein, do Tribunal de Falências dos EUA em Manhattan, disse que iria evitar a toma de qualquer ativo da OAS para garantir que eles sejam distribuídos de maneira justa.
O magistrado não vê, porém, "dano irreparável" em permitir que os processos continuem tramitando.
A OAS enfrenta dois processos quase idênticos apresentados pelos fundos Aurelius Investment e Alden Global Capital, que detêm bônus da empresa.
As ações começaram quando a OAS deixou de pagar os juros de seus bônus denominados nos EUA, neste ano.
O Sheriff's Office, agência primária de aplicação de lei cível em Nova York, já congelou mais de US$ 6 milhões de ativos da OAS, como resultado do processo aberto pelo Aurelius Investment. "O que o Aurelius tem, ele já conseguiu", afirmou o juiz na audiência de hoje.
A OAS e várias de suas associadas - vítimas da economia fraca no Brasil e de uma investigação de corrupção que incluiu boa pare das principais construtoras do País - pediu na quarta-feira recuperação judicial nos EUA, ao solicitar a inclusão na proteção garantida no chamado Capítulo 15 da Lei de Falência, que trata de insolvências internacionais.
Através disso, a OAS espera receber todos os benefícios previstos na lei de falências americana, incluindo um gatilho que interrompe os processos e impede que credores tentem interferir com seus esforços de reestruturação.
A decisão de hoje do juiz é preliminar e será revista em uma audiência na qual se avaliará o reconhecimento da petição da OAS para ser incluída no Capítulo 15, no dia 19 de maio.
Os promotores afirmam que a OAS estava envolvida no escândalo da Petrobras. Junto com outros graduados executivos de grandes construtoras brasileiras, executivos da OAS foram acusados pelos promotores de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, no escândalo da petrolífera.
A OAS nega que esteja envolvida com o caso.
No fim de março, a OAS pediu recuperação judicial em um tribunal de São Paulo. A companhia afirmou que planeja vender suas fatias em uma construtora de navios e em unidades de petróleo e gás, defesa e meio ambiente como parte da reestruturação.
A companhia detém cerca de R$ 9,2 bilhões (US$ 3 bilhões), em dívida em grande medida não segurada. Isso inclui US$ 1,78 bilhão em papéis denominados em dólares, segundo os documentos do tribunal. Fonte: Dow Jones Newswires.
Washington - Um juiz norte-americano tomou uma decisão nesta sexta-feira que impede que credores tomem ativos do conglomerado brasileiro Grupo OAS nos Estados Unidos .
O magistrado não paralisou, porém, os vários processos contra a companhia no país.
O juiz Stuart M. Bernstein, do Tribunal de Falências dos EUA em Manhattan, disse que iria evitar a toma de qualquer ativo da OAS para garantir que eles sejam distribuídos de maneira justa.
O magistrado não vê, porém, "dano irreparável" em permitir que os processos continuem tramitando.
A OAS enfrenta dois processos quase idênticos apresentados pelos fundos Aurelius Investment e Alden Global Capital, que detêm bônus da empresa.
As ações começaram quando a OAS deixou de pagar os juros de seus bônus denominados nos EUA, neste ano.
O Sheriff's Office, agência primária de aplicação de lei cível em Nova York, já congelou mais de US$ 6 milhões de ativos da OAS, como resultado do processo aberto pelo Aurelius Investment. "O que o Aurelius tem, ele já conseguiu", afirmou o juiz na audiência de hoje.
A OAS e várias de suas associadas - vítimas da economia fraca no Brasil e de uma investigação de corrupção que incluiu boa pare das principais construtoras do País - pediu na quarta-feira recuperação judicial nos EUA, ao solicitar a inclusão na proteção garantida no chamado Capítulo 15 da Lei de Falência, que trata de insolvências internacionais.
Através disso, a OAS espera receber todos os benefícios previstos na lei de falências americana, incluindo um gatilho que interrompe os processos e impede que credores tentem interferir com seus esforços de reestruturação.
A decisão de hoje do juiz é preliminar e será revista em uma audiência na qual se avaliará o reconhecimento da petição da OAS para ser incluída no Capítulo 15, no dia 19 de maio.
Os promotores afirmam que a OAS estava envolvida no escândalo da Petrobras. Junto com outros graduados executivos de grandes construtoras brasileiras, executivos da OAS foram acusados pelos promotores de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, no escândalo da petrolífera.
A OAS nega que esteja envolvida com o caso.
No fim de março, a OAS pediu recuperação judicial em um tribunal de São Paulo. A companhia afirmou que planeja vender suas fatias em uma construtora de navios e em unidades de petróleo e gás, defesa e meio ambiente como parte da reestruturação.
A companhia detém cerca de R$ 9,2 bilhões (US$ 3 bilhões), em dívida em grande medida não segurada. Isso inclui US$ 1,78 bilhão em papéis denominados em dólares, segundo os documentos do tribunal. Fonte: Dow Jones Newswires.