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O último dia de Pedro Faria na prisão?

ÀS SETE - Se a prisão temporária for convertida em preventiva, haverá indícios de que a polícia encontrou novas informações sobre os crimes

Pedro Faria, ex-presidente da BRF: hoje pode ser seu último dia na  (Ana Paula Paiva/Agência O Globo)

Pedro Faria, ex-presidente da BRF: hoje pode ser seu último dia na (Ana Paula Paiva/Agência O Globo)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2018 às 07h24.

Última atualização em 9 de março de 2018 às 09h33.

Após uma semana conturbada, termina nesta sexta-feira a prisão temporária do ex-presidente da BRF Pedro de Andrade Faria e de outras 10 pessoas envolvidas na terceira fase da Operação Carne Fraca, denominada Trapaça.

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A dúvida é o que acontecerá a partir de agora e os impactos que isso terá na fabricante de alimentos. As prisões podem ser prorrogadas por mais cinco dias, convertidas em prisão preventiva (sem prazo de saída), ou encerradas.

A visão de analistas é que a saída de Pedro e outros executivos da BRF da prisão ou a extensão da prisão temporária teria poucos efeitos sobre a ação da BRF. O risco maior está na possibilidade de a prisão ser convertida em preventiva, o que indicaria que a polícia encontrou novos indícios sobre os crimes que supostamente foram cometidos. Além disso, novas sanções ainda podem ser aplicadas, dependendo da amplitude das investigações.

“Os investidores ainda não precificaram os desdobramentos da operação, até porque não sabem o que vai acontecer, então qualquer indício novo pode fazer as ações caírem ainda mais”, diz Raul Grego Lemos, analista da casa de análises Eleven Financial.

Ontem, Pedro prestou um depoimento de 2h30 ao delegado Maurício Moscardi Grillo, coordenador da Carne Fraca na Polícia Federal, e à procuradora Lyana Helena Kalluf. O ponto central foi o email de Faria a Hélio Rubens Mendes dos Santos Junior, então vice-presidente de operações. Alertado sobre uma ação trabalhista que alegava alteração em laudos de exames, Faria escreveu “por favor, avalie algo drástico por lá”. Seu advogado disse ao jornal Valor que o executivo foi “mal interpretado” e disse esperar que Grillo e Lyana concordem em não prorrogar sua prisão.

Desde segunda-feira, as ações da BRF caíram 18,2%, o que significa uma perda de valor de mercado de 4,5 bilhões de reais. Sem novos desdobramentos, os papéis pararam de despencar. A ver o que aguarda a empresa nesta sexta-feira.

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