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O segredo de empresas que proporcionam bem-estar no trabalho

Proporcionar felicidade no trabalho é, sim, possível, segundo a pós-doutora em Psicologia Organizacional do Trabalho Mirlene Matias Siqueira. Veja como

Funcionários felizes: bem-estar no trabalho não depende só do colaborador, mas também da empresa e de seus líderes, diz livro (GettyImages)

Luísa Melo

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 13h14.

São Paulo - Funcionários felizes trabalham melhor. Disso ninguém duvida. Mas o que é possível fazer para que seu pessoal esteja sempre entusiasmado e satisfeito em cada função? Mirlene Matias Siqueira, pós-doutora em Psicologia Organizacional do Trabalho pela Universidade de Coimbra  tem a resposta.

Em seu novo livro "Novas medidas do comportamento organizacional: ferramentas de diagnóstico e gestão", a professora identifica o conjunto de características comuns a empresas que conseguem promover a felicidade no ambiente corporativo.

O bem-estar no trabalho, segundo a teoria de Mirlene, depende tanto do funcionário, quanto de atitudes da liderança e da forma como a empresa é administrada.

Da empresa

De acordo com Mirlene, a primeira e mais básica característica que uma companhia precisa ter para conseguir uma equipe feliz, é adotar políticas que ofereçam suporte para o colaborador. É necessário que a corporação ofereça todos os recursos e ferramentas indispensáveis para que ele consiga exercer bem a sua função.

Além disso, ela também precisa ter projetos que estimulem o bem-estar pessoal dos funcionários.  Aqui entram medidas como assistência médica, previdência privada, seguros, horário flexível e ações de incetivo à saúde, por exemplo.

"A empresa também precisa saber retribuir para o colaborador tudo o que ele dedica a ela. Ele tem que acreditar que, no momento em que precisar, a organização servirá de apoio", afirma Mirlene.

Outro ponto imprescindível é ter uma distribuição de salários e benefícios que seja vista como justa pela equipe. "A remuneração não pode ser pautada em privilégios, não pode haver apadrinhados", explica a professora.

Funcionários que sabem que a sua empresa tem um futuro consistente também são mais felizes. Isso é reflexo da forma como a companhia lida com seus fornecedores, como ela se posiciona em relação aos valores e, é claro, como ela figura no mercado de ações (no caso das de capital aberto). "Ele precisa saber que a empresa não vai falir amanhã", afirma Mirlene.


Da liderança

De nada valem as características citadas anteriormente se o gestor não assumir para si algumas responsabilidades para que sua equipe alcance o bem-estar.

É dele a função de fornecer e deixar claras todas as informações necessárias sobre os objetivos da companhia e sobre o que o funcionário precisa pra executar o seu trabalho.

Mais importante do que isso, segundo Mirlene, é oferecer suporte emocional ao colaborador. "Ele tem que servir de base. Precisa ouvir quando um empregado está passando por um problema difícil, seja profissional ou pessoal", diz. "É claro que não tem que ser um consultório de análise, mas a chefia imedita precisa, ao menos, ser amiga. Essa transição entre vida pessoal e trabalho tem que ser levada em consideração".

Do funcionário

É claro que a felicidade individual também depende do colaborador. Segundo Mirlene, no século passado, as empresas olhavam para o funcionário esperando encontrar nele motivação. Porém, com os conceitos da psicologia positiva, aplicados a partir do século 21, as palavras de ordem são outras: cada um precisa carregar em si otimismo, esperança, resiliência (capacidade de lidar com problemas e suportar pressão) e um senso de autoeficácia (a convicção de que é capaz de realizar determinada tarefa).

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São Paulo - Funcionários felizes trabalham melhor. Disso ninguém duvida. Mas o que é possível fazer para que seu pessoal esteja sempre entusiasmado e satisfeito em cada função? Mirlene Matias Siqueira, pós-doutora em Psicologia Organizacional do Trabalho pela Universidade de Coimbra  tem a resposta.

Em seu novo livro "Novas medidas do comportamento organizacional: ferramentas de diagnóstico e gestão", a professora identifica o conjunto de características comuns a empresas que conseguem promover a felicidade no ambiente corporativo.

O bem-estar no trabalho, segundo a teoria de Mirlene, depende tanto do funcionário, quanto de atitudes da liderança e da forma como a empresa é administrada.

Da empresa

De acordo com Mirlene, a primeira e mais básica característica que uma companhia precisa ter para conseguir uma equipe feliz, é adotar políticas que ofereçam suporte para o colaborador. É necessário que a corporação ofereça todos os recursos e ferramentas indispensáveis para que ele consiga exercer bem a sua função.

Além disso, ela também precisa ter projetos que estimulem o bem-estar pessoal dos funcionários.  Aqui entram medidas como assistência médica, previdência privada, seguros, horário flexível e ações de incetivo à saúde, por exemplo.

"A empresa também precisa saber retribuir para o colaborador tudo o que ele dedica a ela. Ele tem que acreditar que, no momento em que precisar, a organização servirá de apoio", afirma Mirlene.

Outro ponto imprescindível é ter uma distribuição de salários e benefícios que seja vista como justa pela equipe. "A remuneração não pode ser pautada em privilégios, não pode haver apadrinhados", explica a professora.

Funcionários que sabem que a sua empresa tem um futuro consistente também são mais felizes. Isso é reflexo da forma como a companhia lida com seus fornecedores, como ela se posiciona em relação aos valores e, é claro, como ela figura no mercado de ações (no caso das de capital aberto). "Ele precisa saber que a empresa não vai falir amanhã", afirma Mirlene.


Da liderança

De nada valem as características citadas anteriormente se o gestor não assumir para si algumas responsabilidades para que sua equipe alcance o bem-estar.

É dele a função de fornecer e deixar claras todas as informações necessárias sobre os objetivos da companhia e sobre o que o funcionário precisa pra executar o seu trabalho.

Mais importante do que isso, segundo Mirlene, é oferecer suporte emocional ao colaborador. "Ele tem que servir de base. Precisa ouvir quando um empregado está passando por um problema difícil, seja profissional ou pessoal", diz. "É claro que não tem que ser um consultório de análise, mas a chefia imedita precisa, ao menos, ser amiga. Essa transição entre vida pessoal e trabalho tem que ser levada em consideração".

Do funcionário

É claro que a felicidade individual também depende do colaborador. Segundo Mirlene, no século passado, as empresas olhavam para o funcionário esperando encontrar nele motivação. Porém, com os conceitos da psicologia positiva, aplicados a partir do século 21, as palavras de ordem são outras: cada um precisa carregar em si otimismo, esperança, resiliência (capacidade de lidar com problemas e suportar pressão) e um senso de autoeficácia (a convicção de que é capaz de realizar determinada tarefa).

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