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O que a Kraft vai fazer com o cream cheese Philadelphia?

Após anúncio de cisão, companhia já definiu os nomes dos executivos responsáveis por cada novo negócio - a dificuldade agora é dividir o portfólio

Irene Rosenfeld: executiva vai tocar o braço de petiscos da nova Kraft (Getty Images)

Irene Rosenfeld: executiva vai tocar o braço de petiscos da nova Kraft (Getty Images)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 18h46.

São Paulo - Desde que foi anunciado o plano de dividir a Kraft Foods em duas companhias, há quatro meses, executivos da empresa de alimentos têm tido muito trabalho para separar o portfólio de produtos e para definir quem serão os líderes responsáveis por cada área. Ontem, um dos pontos já foi solucionado e a Kraft anunciou os nomes dos novos chefes.

Irene Rosenfeld, CEO mundial da Kraft, vai chefiar o braço global de petiscos da companhia, com faturamento previsto em 31 bilhões de dólares. Já Anthony Vernon, atual vice-presidente executivo e presidente da Kraft nos Estados Unidos, vai liderar a área de mantimentos da nova companhia, voltada apenas para o mercado americano e com receita estimada em 17 bilhões de dólares.

Apesar do avanço no processo de cisão, que tem previsão de ser concluído até o final do próximo ano, a Kraft vem escorregando no processo de divisão de marcas.  A dificuldade agora é saber o que fazer com produtos com alcance global, mas também com forte presença no mercado americano.

Segundo especialistas deste setor ouvidos pela imprensa internacional, a companhia pode perder seu poder de negociação, já que a escala de produtos negociados será menor com a separação das operações.

O cream cheese Philadelphia é um bom exemplo. O produto se encaixa no segmento global de petiscos e local de mantimentos, mas é vendido na mesma proporção nos Estados Unidos e no resto do mundo.

De acordo com  Mike Mitchell, porta-voz da Kraft, as estratégias de como os produtos serão licenciados estão sendo traçadas agora. "As coisas estão no caminho certo", disse Mitchell ao Wall Street Journal.

 

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