Eduardo Saverin, da B Capital, gestora com US$ 6 bilhões de ativos sob gestão (Wei Leng Tay/Bloomberg/Getty Images)
Repórter de Negócios
Publicado em 21 de março de 2024 às 10h34.
Última atualização em 21 de março de 2024 às 14h31.
O fundo de investimentos em startups B Capital anunciou uma captação de US$ 750 milhões. Os recursos do Opportunities II serão empregados para investimentos em startups em estágios avançados nos setores de tecnologia, saúde e tecnologia climática, com foco na América do Norte e Ásia.
O valor arrecadado é quase o dobro do fundo anterior."Neste ambiente desafiador para muitas empresas de tecnologia privadas, estamos satisfeitos por quase dobrar o capital que temos disponível para apoiar os melhores fundadores no portfólio da B Capital e outros empreendedores que seguimos de perto", afirmou em nota Eduardo Saverin, co-fundador e co-CEO da B Capital.
Morador de Singapura desde 2012, quando abdicou da cidadania americana, Saverin criou a B Capital em 2015 ao lado de Raj Ganguly, ex-executivo da McKinsey & Company, e Howard Morgan, sócio-gerente e presidente da B Capital. Desde o início da operação, a gestora acumula investimentos em mais de 160 de startups e tem um patrimônio sob gestão de 6 bilhões de dólares.
Segundo a casa, os novos recursos contaram com a participação tanto de velhos quanto de novos investidores. A base global está mais diversificada e inclui fundos de pensão privados e públicos, escritórios de família, indivíduos de alto patrimônio líquido e fundos soberanos.
A aplicação dos valores será feita em ofertas primárias e também em follow-ons, buscando acelerar negócios que já estão no portfólio da B Capital. Uma nova deste fundo é a parceria com a Boston Consulting Group, que chega para oferecer suporte e contribuir para o ganho de escala das futuras investidas.
Apesar dos números superlativos da B Capital, a parte mais expressiva da fortuna de Saverin vem da sua participação no Facebook, hoje a holding Meta, controladora da rede social. Ela cocriou a então plataforma ao lado de Mark Zuckerberg em 2004.
Do negócio, detém cerca de 2% de participação. Com o crescimento das ações da big tech nos últimos meses, o patrimônio do brasileiro subiu para US$ 27,4 bilhões e ocupa a primeira colocação entre os mais ricos do país. Globalmente, é o 62º.Neste ano, registra um aumento de US$ 8,1 bilhões, de acordo com os números da lista de bilionários da Bloomberg.