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"O Brasil condena o sucesso", diz Cris Junqueira, do Nubank

A executiva falou sobre criatividade na crise e empreendedorismo em live da EXAME Academy

Cris Junqueira, cofundadora do Nubank: educação financeira para a população (Nubank/Divulgação)

Cris Junqueira, cofundadora do Nubank: educação financeira para a população (Nubank/Divulgação)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 15 de julho de 2020 às 19h56.

Última atualização em 16 de julho de 2020 às 21h12.

Empreender no Brasil é um grande desafio, mas pode se tornar uma tarefa menos árdua se houver educação financeira para a população, acredita Cris Junqueira, cofundadora do Nubank.

"Falar de dinheiro ainda é um tabu por aqui, o Brasil condena o sucesso. Mas meu sonho é termos educação financeira nas escolas, para toda a população", afirmou a executiva em conversa conduzida por André Portilho, head da EXAME Academy, e Sofia Esteves, presidente do conselho da Cia de Talentos, no canal da EXAME Academy no YouTube.

Para Junqueira, o futuro do trabalho vai ser cada vez menos formal, com expansão do empreendedorismo. "Seria transformador para a sociedade termos mais empreendedores, inclusive sociais, não podemos ter uma visão de que produção de riqueza é soma zero."

Esteves acrescentou que empreender no país é correr risco e ter insegurança todos os dias. "É preciso muita inquietação de querer transformar. Tem de ter coragem."

Junqueira conta que a pandemia acelerou processos que já vinham acontecendo dentro e fora do Nubank. Como exemplo, ela cita que a instituição ganhou mais de 70.000 clientes idosos na quarentena.

"As pessoas não querem mais ter de ficar na fila do banco para pagar uma simples conta", diz a executiva. Segundo ela, a inovação ficou ainda mais em evidência nessa crise.

"Inovar é resolver problemas de uma forma diferente, com criatividade. Não temos time de inovação no Nubank, inovar está em tudo o que fazemos."

Portilho destacou a importância do trabalho de diversidade promovido pela cofundadora do Nubank também como uma forma de impulsionar os negócios. "A diversidade é positiva porque traz diferentes pontos de vista sobre um determinado assunto. O que importa é o que cada um coloca à mesa de trabalho", disse o executivo.

Junqueira ressalta que 30% da equipe do Nubank se identifica como pertecente ao grupo LGBTQ+, o que resulta em um ambiente mais confortável e que promove diferentes ideias. "Temos um ambiente acolhedor e para trabalhar conosco é preciso ter muita vontade de aprender sobre nosso negócio e procurar resolver problemas do dia a dia de forma criativa."

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