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"Nunca desmereci o valor de uma vida", diz dono dos restaurantes Madero

Com novo coronavírus queda nas vendas é de 25% em lojas reabertas. Nos deliveries as vendas correspondem a 35% das "normais" antes da pandemia

Junior Durski, dono da rede de hamburguerias Madero (Guilherme Pupo/Madero/Divulgação)

Junior Durski, dono da rede de hamburguerias Madero (Guilherme Pupo/Madero/Divulgação)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 17 de maio de 2020 às 12h28.

Última atualização em 17 de maio de 2020 às 14h43.

A rede de restaurantes Madero tem registrado queda de 25% nas vendas em lojas reabertas durante a pandemia do novo coronavírus, afirmou o presidente Junior Durski em entrevista à Exame.

Segundo ele, a informação veiculada neste sábado sobre o movimento de apenas 30 pessoas ao invés de 400 como antes da pandemia era de três semanas atrás. “Estamos retomando o movimento aos poucos, apesar de entender que as pessoas estão sofrendo com a crise econômica”, diz.

Atualmente são 33 unidades abertas em shoppings de Santa Catarina, ruas do Paraná e uma unidade no Mato Grosso do Sul. “As pessoas estão em pânico e sumindo de todos os comércios, não apenas do Madero”.

Nos deliveries as vendas corresponde a 35% das consideradas normais antes da pandemia.

O empresário afirma ainda ter demitido 600 pessoas, entre elas trainees, arquitetos e engenheiros ligados ao projeto de expansão da marca, que previa a abertura de 45 novos restaurantes este ano. E, somente com a retomada economia as pessoas podem, possivelmente, ser recontratadas.

“Nunca desmereci o valor de uma vida e não é o que eu acredito. O que eu quis dizer é minha preocupação como empresário é também com a economia e com os milhões de desempregos”, disse sobre a polêmica em que se envolveu quando afirmou em vídeo que “não podemos parar por conta de 5 ou 7 mil que vão morrer”.

O empresário afirmou ainda que tem perguntado aos comerciantes dos locais que frequenta como eles têm encarado a pandemia. "Vou a feira três vezes por semana. Hoje mesmo fui e perguntei para uma feirante como estão os negócios. Ela está vendendo 50% menos", diz. "Se quem trabalha com alimentação está registrando queda imagine como está nos demais setores".

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