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Novo CEO, disputa com PagSeguro, peso da greve: as dúvidas da Cielo

A empresa, controlada pelo Banco do Brasil e pelo Bradesco, registrou lucro de 1,007 bilhão no primeiro trimestre, 0,5% maior que um ano antes

Cielo: em um ano, as ações da companhia acumulam queda de 37% (Cielo/Divulgação)
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EXAME Hoje

Publicado em 30 de julho de 2018 às 06h40.

Última atualização em 30 de julho de 2018 às 08h53.

Uma das tradicionais campeãs da bolsa brasileira, a operadora de pagamentos Cielo terá muitas perguntas a responder em sua divulgação de resultados trimestral, agendada para depois do fechamento do mercado desta segunda-feira. A conferência com analistas e investidores está agendada para as 13h de amanhã.

A empresa, controlada pelo Banco do Brasil e pelo Bradesco, registrou lucro de 1,007 bilhão no primeiro trimestre, 0,5% maior que um ano antes. A receita operacional líquida totalizou 2,785 bilhões de reais no primeiro trimestre, queda de 0,6% em 12 meses. Em um ano, a retração foi de 8,3%, num número que, segundo a empresa, foi impactado por mudanças no ISS.

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A previsão para a partir do segundo trimestre era começar a apresentar números melhores, mas o balanço deve sofrer forte impacto da greve dos caminhoneiros, que derrubou o consumo no país. Segundo previsões da XP investimentos a Cielo deve anunciar faturamento de 2,86 bilhões de reais, 1% a mais do que 12 meses antes, mas um Ebitda (lucro antes de impostos e amortizações) de 1,75 bilhões de reais, uma queda de 5,3% em relação ao mesmo período de 2017.

Fora a greve, os desafios da Cielo continuam os mesmos dos trimestres anteriores. Líder absoluta no mercado de pagamentos, a companhia sofre crescente pressão de concorrentes como a PagSeguro . Sua participação de mercado caiu de 54% para 51%, enquanto a margem Ebitda, que ficava em 50% até pouco tempo, caiu para 45% em 2017. Para recuperar terreno, a emperesa comprou a Stelo, focada em pequenos varejistas, o principal mercado da PagSeguro.

A situação ficou ainda mais difícil com a inesperada renúncia de seu presidente, Eduardo Gouveia, em julho, depois de ficar 1,5 ano no cargo. A companhia está em busca de um novo nome para o cargo. A saída de Gouveia fez as ações da empresa caírem 7% em apenas um dia, e nunca mais se recuperarem. Em um ano, as ações da Cielo acumulam queda de 37%.

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