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Com crise, brasileiros acumularam menos milhas, diz Smiles

Apesar de ter conseguido números bons neste ano, empresa controlada pela Gol acredita que 2016 será ano desafiador


	Smiles: com a redução dos gastos deste ano, os clientes acumularam menos milhas
 (Divulgação)

Smiles: com a redução dos gastos deste ano, os clientes acumularam menos milhas (Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 16h31.

São Paulo - Apesar da crise econômica, 2015 foi um bom ano para a Smiles - o receio é que 2016 seja bem mais desafiador, de acordo com expectativas de executivos da companhia. 

Em encontro com jornalistas eles disseram que os impactos da crise serão sentidos na empresa somente ano que vem.

Isso porque os consumidores normalmente transferem seus pontos dos cartões de crédito para a Smiles somente no fim do ano – por isso, o impacto é postergado. Com a redução dos gastos deste ano, os clientes acumularam menos milhas.

Além disso, a desvalorização do real também irá prejudicar o acúmulo de milhas, afirmou o Flávio Jardim Vargas, diretor financeiro da Smiles.

Como elas estão ancoradas em dólares, e não na moeda nacional, o mesmo gasto agora corresponde a menos milhas.

A crise também levou pessoas a viajarem menos ou a trocarem passeios internacionais por nacionais e a, consequentemente, acumularem menos pontos. As promoções ajudaram, em parte, a mitigar esse efeito em 2015, afirmou o diretor.

No ano, a empresa viu seus números crescerem. No 3º trimestre, o lucro foi de 98,6 milhões de reais, alta de 65,3% em relação ao ano passado.

No período, a receita líquida da empresa controlada pela Gol cresceu 55,9%, a 349,1 milhões de reais, enquanto o acúmulo de milhas subiu 15,6%.

Para Vargas, uma das razões para o sucesso da empresa é o aumento do uso do cartão de crédito. Cada vez mais brasileiros estão abrindo contas no banco e trocando o dinheiro vivo por plástico, diz ele.


 

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