São Paulo – O ano de 2014 não foi fácil para empresas de todo o mundo. Retração comercial, aumento do preço de commodities e alta do dólar – entre outros fatores – acabaram levando as empresas a terem de repensar seus negócios. Veja nas fotos algumas das grandes companhias mundiais que passaram por reestruturação neste ano.
A HP fez neste ano uma das maiores reviravoltas organizacionais de sua história ao anunciar a cisão da empresa em duas grandes áreas de negócios ao longo de 2015 – a divisão de computadores pessoais e de impressoras foi separada da divisão de hardware corporativo e de serviços. O processo completo de reorganização, que começou em 2012 e vai até o final do ano que vem, resultará na demissão de 55.000 pessoas, além de redução de custo e ganho de eficiência.
Depois de 200 anos no controle do grupo francês PSA Peugeot Citroën, a família fundadora da companhia se viu obrigada a abrir mão do comando e vender parte de suas ações, no início deste ano. Desde então, a empresa intensificou o processo de reestruturação das marcas e já anunciou que fará uma redução progressiva do número de modelos dos atuais 45 para 26 modelos até 2022.
Com o intuito de simplificar processos e melhorar eficiência, a BRF fez uma arrumação na companhia, que incluiu a avaliação da capacidade ociosa de suas fábricas, bem como a venda de seu braço de lácteos. Em setembro, a unidade- que incluá a marcas Elegê e Batavo - foi vendida para a Parmalat.
A chegada de Satya Nadella ao comando da Microsoft, em fevereiro, já era um prenúncio de que mudanças radicais estariam por surgir na empresa. Depois de ele publicar uma carta aberta aos funcionários sobre a reestruturação, então, a coisa ficou evidente. Nadella anunciou, meses depois, a demissão de mais de 18.000 pessoas – uma economia bilionária e a simplificação do negócio foram alguns resultados da decisão.
Depois da troca de comando, a BlackBerry divulgou uma carta aberta aos consumidores reiterando sua missão de ofertar produtos de qualidade e passou a ajeitar a casa para que pudesse cumprir tal objetivo. De acordo com a empresa, entre os pontos a serem reavaliados estão os aparelhos celulares; soluções de EMM; mensagens multiplataforma e sistema operacional. Além disso, a companhia também investirá em áreas relacionadas à segurança tecnológica.
Em setembro, a Procter & Gamble decidiu cindir seu negócio de pilhas Duracell em uma empresa separada. O objetivo é focar em marcas de crescimento mais rápido. A decisão aconteceu pouco tempo depois de a empresa anunciar que poderia vender metade de suas marcas nos próximos dois anos.
2014 foi o ano da Hyundai se desfazer de seus negócios financeiros para reduzir sua dívida e se concentrar nas unidades de transportes, logística e elevadores industriais. A empresa levantou cerca de US$ 3 bilhões com as transações. Também vendeu seu negócio de administração de portos e uma série de propriedades, como o hotel Banyan Tree em Seul.
Há três anos a Vulcabrás põe em prática um processo de reestruturação que já incluiu a demissão de 22.000 funcionários, quase metade do total, e a diminuição de 25 das 29 fábricas que a empresa possuía no Brasil. A empresa já diminuiu a dívida que possuía e agora se prepara para colocar em prática o plano de voltar a crescer e voltar a competir com grandes fornecedores de dentro e fora do país.
O plano de reestruturação da Nii Holdings, controladora da Nextel no Brasil, seguiu adiante neste ano. A empresa anunciou a redução de 25% dos funcionários da matriz, além de cortes nas subsidiárias. Com a demissão de 1.400 pessoas a empresa pretendia economizar até US$ 35 milhões para investir em áreas prioritárias.
Simplificar o negócio e focar na parte de óleo e gás foi o que fez com que a companhia britânica BP revisse todo o seu negócio este ano, com a estimativa de gastar US$ 1 bilhão com a reestruturação que segue em 2015.
As mudanças internas da Lenovo estão sendo colocadas em prática desde janeiro, quando a empresa anunciou que dividira os negócios em quatro pedaços e não mais em dois, como era até então. A ideia é fazer com que esforços sejam mais bem direcionados para cada área.
Florianópolis tem muitas lições a oferecer às cidades brasileiras. Foi ali que surgiu a primeira incubadora tecnológica do país. A cidade hoje lidera o ranking de startups e tem um prefeito ‘tiktoker’ oriundo do setor de TI, o que faz toda a diferença, segundo a colaboradora de EXAME Cláudia Rosa