Rupert Murdoch, presidente da News Corporation: executivo quer trazer os filhos ao comando do grupo novamente (WPA Pool/Getty Images)
Daniela Barbosa
Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 17h27.
São Paulo - A News Corporation (News Corp.), conglomerado de mídias americano, anunciou, nesta segunda-feira (21/2), que fechou um acordo que garante a compra da produtora britânica de TV Shine Group, que tem como um de seus principais programas o MasterChef. O valor do negócio não foi divulgado, mas a Shine tem valor de mercado estimado em mais de 673 milhões de dólares.
Segundo comunicado divulgado pela News Corp., hoje, a aquisição é uma oportunidade única para o grupo americano, uma vez que a Shine é líder mundial no mercado de produção de conteúdo para televisão. “Temos muita confiança que a Shine será importante para nossa expansão no segmento de TV", afirmou Chase Carey, vice-presidente da News Corporation.
As negociações entre as duas companhias estão em trânsito desde o mês passado, mas somente no último domingo (20/2) a News Corp. confirmou que assinou um acordo que garante seu interesse pela companhia inglesa.
Tudo em família
O Shine Group foi fundado dez anos atrás por Elisabeth Murdoch, filha de Rupert Murdoch, presidente da News Corp. Segundo The New York Times, a compra da Shine é a saída que Murdoch encontrou para trazer mais um de seus filhos novamente ao comando do grupo.
As operações da News Corp. na Europa e Ásia já são chefiadas por James Murdoch, filho mais novo do executivo. Com a compra da Shine, apenas Lachlan Murdoch, filho do meio de Murdorch, estaria fora dos negócios da companhia. Lachlan pediu demissão da News Corp. em 2005 e, segundo rumores de mercado, não tem interesse em voltar para a empresa do pai.
No ano passado, receita da News Corp. chegou a 33 bilhões de dólares. A companhia atua em seis segmentos diferentes de mídia, entre eles: TV a cabo, produção de filmes e programas de entretenimento, e o mercado editorial, no qual controla, por exemplo, o serviço de notícias da Dow Jones e do The Wall Street Journal.
A aquisição da Shine vai permitir à americana ampliar sua atuação no setor de conteúdo para TV, principalmente nos Estados Unidos, Europa, Austrália, Ásia e América Latina. O negócio, no entanto, depende da aprovação final dos conselhos das duas companhias.