O casal Ricardo Müller e Henrique Ribeiro, fundadores da Natural do Barbosa (Natural do Barbosa/Divulgação)
Isabela Rovaroto
Publicado em 30 de junho de 2022 às 12h21.
Última atualização em 30 de junho de 2022 às 12h39.
O shampoo sólido é um produto que tem ganhado espaço no mercado brasileiro nos últimos anos, mas ainda é produzido por poucas marcas. O cabeleireiro Henrique Ribeiro produz shampoo sólido com ingredientes naturais desde 2015. Tudo começou quando ele apresentou uma reação alérgica aos cosméticos que usava e não encontrava alternativas no mercado.
O Natural do Barbosa é o empreendimento criado por ele e pelo marido Ricardo Müller para oferecer cosméticos naturais com alta performe. Em 2021, o faturamento foi de R$ 400 mil com a linha de produtos desenvolvida e produzida por eles. Agora, a marca anuncia uma parceria para escalar a produção.
O casal frequentou feiras de cosméticos naturais em busca de soluções para o problema de Ribeiro. Depois de alguns meses de procura, eles conheceram uma artesã que oferecia um curso de produção de cosméticos naturais. O casal conseguiu formular um produto que amenizava a alergia no couro cabeludo de Ribeiro.
Eles começaram a dar o produto desenvolvido por eles para clientes, parentes e amigos, que os procuraram querendo comprar os itens. “Percebemos que, além de nós, outras pessoas estavam em busca de produtos naturais. Resolvemos estudar melhor o mercado e criar uma marca”, conta Ribeiro.
O investimento inicial foi de R$ 15 mil, dinheiro até então reservado para uma viagem. Ribeiro tocava em paralelo um salão de beleza que cada vez mais perdia espaço em sua agenda por conta da demanda de produção do Natural do Barbosa.
Em 2018, eles abriram a primeira loja na galeria Ouro Fino, na região dos Jardins, em São Paulo. Além de vender os produtos, o espaço ofereceria experiência de cuidados com os cabelos.
O negócio cresceu e em janeiro de 2020 eles mudaram para um espaço maior em Pinheiros. Com a pandemia, vieram os desafios: as vendas caíram, assim como a oferta de serviços por conta do fechamento da loja.
"Nós dobramos os custos com o espaço maior e a loja ficou fechada por conta da pandemia. Pegamos empréstimo para nos manter, era isso ou fechar. Sempre acreditamos muito no nosso negócio, era questão de tempo para voltarmos a crescer", conta Ribeiro.
Os empreendedores desenvolveram uma consultoria online para oferecer os serviços e atender os clientes a distância. “Com a loja fechada, veio a ideia de fazer uma consultoria online pelo WhatsApp: reproduzir os serviços da loja e ajudar as pessoas a usarem os produtos em casa. Não acredito que nós teríamos superado esse momento sem as redes sociais” .
Com a reabertura, a demanda pelos 21 produtos da marca cresceu ao ponto do casal procurar um parceiro para escalar a produção. "Estava inviável concentrar a produção em nós dois. A empresa parceira vai reproduzir as fórmulas, assim nós ganhamos escala sem perder a essência dos produtos".
Oito produtos serão relançados em julho. Outros oito produtos novos devem ser lançados nos próximos meses. A expectativa é crescer 60% neste ano com a maior produção e distribuição dos produtos.
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