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Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2013 às 17h21.
Um dos maiores desafios das empresas não é vencer a concorrência ou aumentar os lucros, mas sim transformar as decisões tomadas por algum nível gerencial da diretoria até o supervisor do chão-de-fábrica em ações efetivas. A conclusão é de um estudo da consultoria Booz Allen Hamilton com 50 000 empresas de todo o mundo, lançado em dezembro de 2003 e concluído no início de novembro. Segundo a pesquisa, 54% das empresas avaliadas são incapazes de converter rapidamente uma decisão em ações.
A pesquisa encontrou quatro tipos de empresas ineficientes. O principal que envolve 27% da amostra é a organização "passiva-agressiva". Nela, todos sabem o que fazer, o consenso sobre estratégias e objetivos é alcançado rapidamente, mas, na prática, nada muda porque as idéias não saem do papel. O segundo tipo, que corresponde a 10% dos pesquisados, é a organização que cresceu demais. Nessas empresas, o porte e a complexidade de seus negócios tornaram impossível sua gestão por um pequeno grupo de executivos.
Com 9% da amostra, outro exemplo de empresa ineficiente é a "supergerenciada", na qual diversos níveis de gestores se sobrepõem, criando um ambiente altamente burocrático e suscetível a politicagens. Por último 8% das companhias foram classificadas como "movidas a explosões", isto é, possuem funcionários talentosos e motivados, mas que raramente atuam na mesma direção.
Destaque chinês
As empresas pesquisadas pertencem a mais de 100 países. Proporcionalmente, a Suíça é o país com maior número de empresas capazes de transformar idéias em ações. Os suíços participaram com 305 empresas, das quais, 64% apresentavam condições satisfatórias neste quesito. O destaque, porém, ficou com a China, que surgiu em terceiro lugar, atrás da Itália. Das 1 062 companhias chinesas avaliadas, 54% são eficientes em agir de acordo com as decisões tomadas.
Entre as surpresas negativas, estão os Estados Unidos. Foram pesquisadas 2 726 companhias americanas. Apenas 33% delas apresentaram bom desempenho. A taxa ficou abaixo, inclusive, da brasileira. Das 467 companhias avaliadas no Brasil, 37% conseguem verter idéias em ações rapidamente.