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Murdoch e filho convocados formalmente a comparecer ao Parlamento

Eles devem ser interrogados sobre o escândalo das escutas telefônicas ilegais do News of The World

O escândalo causou uma grande controvérsia no Reino Unido, levando ao magnata da imprensa Rupert Murdoch a retirar sua oferta pela compra das ações do BSkyB (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 12h18.

Londres - O magnata Rupert Murdoch e seu filho James foram convocados formalmente a comparecer na próxima terça-feira a uma comissão do Parlamento britânico, depois que rejeitaram um convite inicial, que foi aceito pela diretora da News International Rebekah Brooks.

"A Comissão de Cultura, Meios de Comunicação e Esportes decidiu esta manhã convocar Rupert Murdoch e James Murdoch a comparecer à comissão no Parlamento às 14H30 (10H30 de Brasília) de terça-feira 19 de julho de 2011", afirma um comunicado.

Rebekah Brooks, que também foi redatora-chefe da publicação extinta, "aceitou o convite de comparecer ante a Comissão na próxima semana", acrescenta o texto.

"Rupert Murdoch disse que não pode comparecer para depor e James Murdoch afirmou que não pode comparecer na data indicada, mas se propôs a comparecer numa data alternativa, a primeira das quais seria 10 de agosto", afirma ainda.

Os membros da comissão consideram que tanto Rupert Murdoch, que dirige o império News Corp., e os dois principais diretores de sua filial britânica, a News International, deve comparecer ante a comissão para "explicar a conduta da News International e as prévias declarações feitas à comissão no parlamento que, agora se sabe, são falsas".

A polícia britânica também anunciou nesta quinta-feira a detenção de um homem de 60 anos na investigação do escândalo de escutas telefônicas ilegais praticadas pelo agora extinto tabloide.

Segundo a imprensa, o detido é Neil Wallis, que foi chefe de redação adjunto do tabloide na época de Andy Coulson, ex-diretor de comunicação do primeiro-ministro David Cameron que foi preso na semana passada.

O detido foi levado para uma delegacia para ser interrogado como suspeito de "conspirar para interceptar comunicações", informou a Scotland Yard.

Esta é a nona pessoa detida desde que a polícia iniciou uma nova investigação sobre o escândalo dos grampos em janeiro. Os oito detidos anteriormente foram liberados de maneira condicional.

A detenção mais importante foi a de Andy Coulson, que comandou a redação do News of the World de 2003 a 2007, quando teve que renunciar em consequência da condenação à prisão de dois funcionários do tabloide, o jornalista especializado em realeza Clive Goodman e o detetive Glenn Mulcaire.

Pouco depois se tornou diretor de comunicação do então líder da oposição conservadora David Cameron, a quem seguiu até Downing Street em maio de 2010, antes de ser obrigado a renunciar em janeiro passado, pressionado pelas crescentes revelações sobre as escutas do tabloide na última década.

A News International teve que anunciar na semana passada o fechamento do News of the World depois do agravamento de escândalo das escutas ao ser revelado que funcionários do jornal interceptaram na última década as ligações de até 4.000 pessoas, não apenas políticos e famosos, como também de uma menor assassinada e de familiares de vítimas de atentados.

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Londres - O magnata Rupert Murdoch e seu filho James foram convocados formalmente a comparecer na próxima terça-feira a uma comissão do Parlamento britânico, depois que rejeitaram um convite inicial, que foi aceito pela diretora da News International Rebekah Brooks.

"A Comissão de Cultura, Meios de Comunicação e Esportes decidiu esta manhã convocar Rupert Murdoch e James Murdoch a comparecer à comissão no Parlamento às 14H30 (10H30 de Brasília) de terça-feira 19 de julho de 2011", afirma um comunicado.

Rebekah Brooks, que também foi redatora-chefe da publicação extinta, "aceitou o convite de comparecer ante a Comissão na próxima semana", acrescenta o texto.

"Rupert Murdoch disse que não pode comparecer para depor e James Murdoch afirmou que não pode comparecer na data indicada, mas se propôs a comparecer numa data alternativa, a primeira das quais seria 10 de agosto", afirma ainda.

Os membros da comissão consideram que tanto Rupert Murdoch, que dirige o império News Corp., e os dois principais diretores de sua filial britânica, a News International, deve comparecer ante a comissão para "explicar a conduta da News International e as prévias declarações feitas à comissão no parlamento que, agora se sabe, são falsas".

A polícia britânica também anunciou nesta quinta-feira a detenção de um homem de 60 anos na investigação do escândalo de escutas telefônicas ilegais praticadas pelo agora extinto tabloide.

Segundo a imprensa, o detido é Neil Wallis, que foi chefe de redação adjunto do tabloide na época de Andy Coulson, ex-diretor de comunicação do primeiro-ministro David Cameron que foi preso na semana passada.

O detido foi levado para uma delegacia para ser interrogado como suspeito de "conspirar para interceptar comunicações", informou a Scotland Yard.

Esta é a nona pessoa detida desde que a polícia iniciou uma nova investigação sobre o escândalo dos grampos em janeiro. Os oito detidos anteriormente foram liberados de maneira condicional.

A detenção mais importante foi a de Andy Coulson, que comandou a redação do News of the World de 2003 a 2007, quando teve que renunciar em consequência da condenação à prisão de dois funcionários do tabloide, o jornalista especializado em realeza Clive Goodman e o detetive Glenn Mulcaire.

Pouco depois se tornou diretor de comunicação do então líder da oposição conservadora David Cameron, a quem seguiu até Downing Street em maio de 2010, antes de ser obrigado a renunciar em janeiro passado, pressionado pelas crescentes revelações sobre as escutas do tabloide na última década.

A News International teve que anunciar na semana passada o fechamento do News of the World depois do agravamento de escândalo das escutas ao ser revelado que funcionários do jornal interceptaram na última década as ligações de até 4.000 pessoas, não apenas políticos e famosos, como também de uma menor assassinada e de familiares de vítimas de atentados.

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