Multa de R$ 250 mi a Samarco é irrisória, diz Sarney Filho
Na quinta-feira, em visita a Valadares, a presidente Dilma anunciou que o Ibama aplicaria a multa e que a penalidade era inicial
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2015 às 14h20.
Belo Horizonte - O deputado Sarney Filho (PV-MA), coordenador da comissão externa da Câmara dos Deputados sobre o rompimento das barragens em Mariana , afirmou nesta segunda-feira, 16, em Belo Horizonte, que a multa de R$ 250 milhões aplicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) à mineradora Samarco é "irrisória".
O parlamentar se reunirá nesta segunda com o governador Fernando Pimentel (PT) e, em seguida, viajará a Governador Valadares, cidade cortada pelo Rio Doce, atingido pelos rejeitos das barragens.
Na semana passada, com a chegada da lama à região, o fornecimento de água na cidade foi suspenso.
Na quinta-feira, em visita a Valadares, a presidente Dilma anunciou que o Ibama aplicaria a multa e que a penalidade era inicial.
"A British Petroleum foi obrigada a pagar indenizações no valor de US$ 20,7 bilhões pelo desastre ambiental no Golfo do México", afirmou o parlamentar, se referindo ao derramamento de petróleo no mar depois da explosão de uma plataforma de exploração do óleo em 2010.
Onze pessoas morreram. O valor foi pago ao governo dos Estados Unidos e cinco Estados do país por contaminação de recursos hídricos.
Sarney Filho afirmou que o rompimento das barragens em Mariana precisa ser tratado em duas frentes.
"Uma é a emergencial. Essa tragédia gera necessidades, como manutenção de abastecimento de água para as cidades e o acompanhamento do impacto da poluição da bacia do Rio Doce", afirmou.
A outra frente, conforme o parlamentar, é a estrutural. "Com essa tragédia, teremos de rever o funcionamento desse tipo de barragens", disse.
Somente em Minas, conforme o deputado, existem 222 represas de rejeitos de minério de ferro. Sarney disse ainda que a comissão vai cobrar a responsabilização dos culpados pela tragédia.
Em Belo Horizonte, o parlamentar se encontrou com representantes da comissão externa da Assembleia para o rompimento das barragens. Sarney Filho afirmou que, ao menos no momento, não sugerirá a criação de Comissão Parlamentar Interna (CPI) para o caso na Câmara dos Deputados.
O deputado defendeu que em Brasília seja tomado o mesmo posicionamento adotado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes (PMDB), que descartou, ao menos por enquanto, uma CPI para o caso, mesmo depois de parlamentares terem recolhido número suficiente de assinaturas para a abertura da investigação. Para Sarney Filho, por enquanto, o ideal é o avanço do funcionamento da comissão externa.
Belo Horizonte - O deputado Sarney Filho (PV-MA), coordenador da comissão externa da Câmara dos Deputados sobre o rompimento das barragens em Mariana , afirmou nesta segunda-feira, 16, em Belo Horizonte, que a multa de R$ 250 milhões aplicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) à mineradora Samarco é "irrisória".
O parlamentar se reunirá nesta segunda com o governador Fernando Pimentel (PT) e, em seguida, viajará a Governador Valadares, cidade cortada pelo Rio Doce, atingido pelos rejeitos das barragens.
Na semana passada, com a chegada da lama à região, o fornecimento de água na cidade foi suspenso.
Na quinta-feira, em visita a Valadares, a presidente Dilma anunciou que o Ibama aplicaria a multa e que a penalidade era inicial.
"A British Petroleum foi obrigada a pagar indenizações no valor de US$ 20,7 bilhões pelo desastre ambiental no Golfo do México", afirmou o parlamentar, se referindo ao derramamento de petróleo no mar depois da explosão de uma plataforma de exploração do óleo em 2010.
Onze pessoas morreram. O valor foi pago ao governo dos Estados Unidos e cinco Estados do país por contaminação de recursos hídricos.
Sarney Filho afirmou que o rompimento das barragens em Mariana precisa ser tratado em duas frentes.
"Uma é a emergencial. Essa tragédia gera necessidades, como manutenção de abastecimento de água para as cidades e o acompanhamento do impacto da poluição da bacia do Rio Doce", afirmou.
A outra frente, conforme o parlamentar, é a estrutural. "Com essa tragédia, teremos de rever o funcionamento desse tipo de barragens", disse.
Somente em Minas, conforme o deputado, existem 222 represas de rejeitos de minério de ferro. Sarney disse ainda que a comissão vai cobrar a responsabilização dos culpados pela tragédia.
Em Belo Horizonte, o parlamentar se encontrou com representantes da comissão externa da Assembleia para o rompimento das barragens. Sarney Filho afirmou que, ao menos no momento, não sugerirá a criação de Comissão Parlamentar Interna (CPI) para o caso na Câmara dos Deputados.
O deputado defendeu que em Brasília seja tomado o mesmo posicionamento adotado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes (PMDB), que descartou, ao menos por enquanto, uma CPI para o caso, mesmo depois de parlamentares terem recolhido número suficiente de assinaturas para a abertura da investigação. Para Sarney Filho, por enquanto, o ideal é o avanço do funcionamento da comissão externa.