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Mudança ministerial pode até favorecer a Petrobras, diz Parente

Presidente da Petrobras ainda salientou que Moreira Franco foi uma "boa escolha" por parte de Temer

Petrobras: Pedro Parente, presidente da empresa avaliou que a Petrobras pode até ser favorecida nas discussões com o governo federal sobre renegociação do contrato da cessão onerosa (Pilar Olivares/Reuters)
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Reuters

Publicado em 10 de abril de 2018 às 10h11.

As mudanças em ministérios importantes, em meio à saída de ministros para concorrer às eleições, não devem impactar o setor de óleo e gás, e as políticas estabelecidas previamente devem ter continuidade, disse o presidente da Petrobras , Pedro Parente, nesta terça-feira.

Ele avaliou ainda, em entrevista a jornalistas em Londres, que a Petrobras pode até ser favorecida nas discussões com o governo federal sobre renegociação do contrato da cessão onerosa.

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Com a renegociação do contrato que deu à Petrobras o direito de produzir 5 bilhões de barris de óleo equivalente em áreas do pré-sal, a empresa poderá ser credora do governo, após ter pago em 2010 à União 74,8 bilhões de reais.

"Olhem as mudanças que tivemos, no Ministério da Fazenda Eduardo Guardia é o ministro agora e ele estava liderando as negociações pelo governo sobre cessão onerosa...", afirmou Parente.

"Não vejo que teremos nenhum problema para a discussão da cessão onerosa... Na minha visão, pode até melhorar as garantias de que terminaremos dentro do cronograma estabelecido", acrescentou ele, sem comentar prazos.

Ele disse ainda que Moreira Franco, que deve assumir o Ministério de Minas e Energia, também tem conhecimento das discussões.

"Foi uma boa escolha, ele (Moreira Franco) sabe o que está acontecendo e é próximo do presidente (Michel Temer). Para o setor, vai continuar o que estava acontecendo sob a liderança de (Fernando) Coelho Filho", ressaltou Parente, de acordo com áudio distribuído pela assessoria de imprensa da Petrobras.

Ele salientou ainda que outras políticas para o setor, como a realização de leilões de áreas exploratórias, estão garantidas.

"Não vejo mudanças para o setor... Neste ano vamos ter um leilão, o segundo pode ser decidido em breve, e podemos ter um terceiro que pode estar relacionado à cessão onerosa (áreas do excedente aos 5 bilhões). Devemos ter uma boa continuidade."

 

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