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MRV quer investir R$50 bi e entregar 500 mil unidades até 2028

Se materializado, o investimento da empresa tem potencial de gerar 41 bilhões de reais para o Produto Interno Bruto

MRV: "Nossa estrutura já nos permite lançar 50 mil unidades por ano, então 500 mil unidades em 10 anos é factível" (Germano Lüders/Site Exame)
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Reuters

Publicado em 12 de dezembro de 2017 às 16h15.

São Paulo - A MRV deve investir 50 bilhões de reais nos próximos 10 anos, como parte dos planos de expandir sua participação no mercado e entregar 500 mil unidades até 2028, disseram nesta terça-feira executivos da maior construtora de imóveis econômicos do país.

Se materializado, o investimento da empresa tem potencial de gerar 41 bilhões de reais para o Produto Interno Bruto (PIB), 6 bilhões de reais em arrecadação tributária e 94,6 mil postos de trabalho direta e indiretamente no Brasil, de acordo com cálculos da maior construtora de imóveis econômicos do país.

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"Nossa estrutura já nos permite lançar 50 mil unidades por ano, então 500 mil unidades em 10 anos é factível, haverá demanda e a MRV vai trabalhar para entregar isso", comentou o copresidente da companhia, Rafael Menin.

Considerando o valor médio de 150 mil reais por unidade, a MRV poderia atingir um Valor Geral de Vendas (VGV) bruto de 7,5 bilhões de reais já em 2018. Na avaliação do também copresidente, Eduardo Fischer, o risco principal para cumprir a meta para 2018-2028 é a disponibilidade de financiamento."A parte operacional cobrimos muito bem, então 90 por cento do risco vem do funding", comentou Fischer.

Dentro do investimento previsto para a próxima década, a MRV deve desembolsar anualmente 50 milhões de reais em soluções de tecnologia que garantam maior eficiência operacional, incluindo inteligência artificial, e cerca de 100 milhões de reais em infraestrutura para os empreendimentos, detalhou Menin.

Sobre a linha premium média renda, atendendo famílias com renda mensal de 5 mil a 10 mil reais, os executivos destacaram que os primeiros lançamentos devem ocorrer entre o primeiro e o segundo trimestre de 2018. A expectativa deles é de que este segmento não ultrapasse 5 por cento do mix de vendas no próximo ano.

O produto premium deve ter como fonte de financiamento o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), a linha pró-cotista e a tão aguardada Letra Imobiliária Garantia (LIG).

Segundo o diretor executivo de Finanças da MRV, Leonardo Côrrea, a companhia já está em conversas com bancos privados e públicos interessados em financiar os empreendimentos de média renda.

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