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MRV lança marca de médio padrão e projeta R$ 1 bilhão em vendas até 2023

A Sensia propõe empreendimentos em bairros estrategicamente localizados, personalização dos acabamentos e preço médio de R$ 350 mil a unidade

Perspectiva de apartamento decorado da Sensia: customização e preço competitivo (MRV/Divulgação)

Perspectiva de apartamento decorado da Sensia: customização e preço competitivo (MRV/Divulgação)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 9 de dezembro de 2020 às 18h28.

Última atualização em 9 de dezembro de 2020 às 18h32.

A MRV -- que passou a se chamar recentemente MRV & Co -- está ampliando mais uma vez sua área de atuação. O grupo acaba de lançar a marca Sensia, voltada para empreendimentos de médio padrão. A projeção é atingir um valor geral de vendas (VGV) de aproximadamente 1 bilhão de reais até 2023.

A proposta é oferecer apartamentos com preço médio de 344 mil reais a unidade, com possibilidade de serviço de customização dos acabamentos e marcenaria, áreas de lazer, plantas de 55 a 70 m² e a famosa varanda gourmet.

"Registramos um aumento da demanda por apartamentos com varanda e área de lazer completa. A casa ganhou um novo significado na pandemia e resolvemos acelerar esse projeto", afirma Rodrigo Resende, diretor de marketing e novos negócios da MRV, em entrevista exclusiva à EXAME.

Segundo o executivo, a Sensia é um projeto que vem sendo cultivado há mais de um ano. "A marca nasceu de uma vontade de explorar novos segmentos e entregar uma plataforma habitacional cada vez mais completa ao mercado."

Resende afirma que a pandemia trouxe novos olhares em relação ao produto. Um dos focos da Sensia é oferecer unidades totalmente personalizadas: o cliente poderá escolher desde piso até marcenaria -- sem perder a garantia -- e com preços competitivos, uma vez que a mão de obra e os materiais têm a escala da MRV.

"Vamos ter uma consultora de personalização nos nossos lançamentos. Com a ajuda de um software, que vai traçar o perfil do cliente, a customização da unidade ficará muito mais fácil. É o que chamamos de pronto para uso." O custo extra da personalização dos espaços será de acordo com o tipo de material usado.

Além disso, os bairros destes empreendimentos estarão localizados em regiões estratégicas. Em Belo Horizonte, Minas Gerais, o edifício será construído na Pampulha; em Curitiba, Paraná, próximo ao Jardim Botânico. "São regiões cuja valorização imobiliária vem de muito tempo", explica o executivo.

O foco da Sensia são clientes com renda média entre 7.000 e 11.000 reais por mês. A MRV garante que as condições de pagamento serão atrativas tanto para o consumidor final quanto para o investidor.

"Trata-se de uma proposta inédita de apartamento com customização e preço acessível. Esperamos que a aceitação seja muito grande", diz Resende.

Metas

Inicialmente, a meta para 2021 é lançar empreendimentos da Sensia em 6 cidades e atingir 500 milhões de reais em VGV. Até 2023, a MRV espera comercializar 3.000 unidades da marca por ano.

"A busca por esse tipo de imóvel é grande. O crescimento da Sensia vai depender muito mais da nossa capacidade de entrega do que da demanda propriamente dita", diz Resende.

A MRV vem registrando bom desempenho mesmo na pandemia. A construtora reportou recorde histórico de vendas pelo terceiro trimestre consecutivo de julho a setembro, alcançando 1,97 bilhão de reais e 12.183 unidades vendidas no período.

A companhia entrou recentemente no mercado americano com a marca AHS. A meta é atingir 5.000 unidades por ano até 2025. Hoje, a AHS atua no sul da Flórida, mas o plano é expandir para o Texas e para a Georgia.

Além disso, a empresa também está se programando para crescer no segmento de menor renda. "A MRV é, hoje, a maior construtora da América Latina. Estamos entregando quase 50.000 unidades por ano. Estamos muito satisfeitos, mas não queremos nos acomodar", diz Resende.

O executivo lembra que a companhia está apostando fortemente em inovação, com investimentos da ordem de 500 milhões de reais nesta área nos últimos cinco anos. "A MRV está ampliando as fronteiras dos negócios. Queremos nos consolidar, quem sabe, como a maior construtora das Américas."

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