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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Nova York - A Motorola divulgou nesta quinta-feira um surpreendente lucro trimestral com demanda melhor que a esperada por seus smartphones, justificando a aposta da companhia de confiar no sistema operacional Android, do Google.
Os resultados também foram apoiados por um declínio nas vendas dos celulares pouco lucrativos e mais baratos da Motorola.
As ações da companhia acumulam ganho de 18 por cento desde o final de janeiro, com investidores mais dispostos a apostar na recuperação da companhia, apesar da dura competição com rivais como Apple.
O mercado de smartphones deve se tornar ainda mais disputado com a entrada da HP, que na quarta-feira anunciou acordo para a compra da Palm.
A Motorola divulgou que sua unidade de celulares vai conseguir chegar ao lucro no quarto trimestre deste ano, o primeiro em anos, conforme a área vai se focando em aparelhos mais sofisticados e lucrativos.
A empresa, que reorganizou todo o seu negócio com aparelhos móveis em torno do sistema operacional do Google, divulgou lucro de primeiro trimestre de 69 milhões de dólares, ou 0,03 dólar por ação, ante prejuízo de 231 milhões de dólares, ou 0,10 dólar por ação um ano antes.
Excluindo itens não recorrentes, o lucro por ação foi de 0,02 dólar ante expectativa média de analistas de prejuízo de 0,01 dólar, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.
O resultado também foi apoiado em um desempenho melhor que o esperado da divisão de equipamentos de rede da Motorola, que viu um aumento no lucro operacional de 62 milhões para 112 milhões de dólares.
A receita da companhia caiu 6 por cento no trimestre frente ao mesmo período do ano passado, para 5,04 bilhões de dólares.
A Motorola vendeu 8,5 milhões de celulares, abaixo da previsão média de 10,2 milhões de unidades apurada junto a nove analistas consultados pela Reuters. No mesmo período do ano passado, a empresa havia vendido 14,7 milhões de telefones.
A empresa melhorou sua previsão de vendas de celulares em 2010 para uma variação de 12 milhões a 14 milhões de unidades ante estimativa prévia de 11 milhões a 14 milhões.
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