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Morre Mark Hurd, CEO que levou a Oracle para a nuvem

Sob a liderança de Hurd, a Oracle expandiu fortemente seu negócio de computação em nuvem

Co-CEO da Oracle, Mark Hurd, em apresentação em 2018 (Justin Sullivan/Getty Images)

Karin Salomão

Publicado em 18 de outubro de 2019 às 15h34.

Última atualização em 18 de outubro de 2019 às 15h48.

O CEO da companhia de tecnologia para bancos de dados Oracle , Mark Hurd, morreu nesta sexta-feira, 18, com 62 anos. Com mais de 30 anos na indústria de tecnologia, Hurd liderou a mudança do foco da Oracle para computação em nuvem. Há pouco mais de um mês, o executivo havia tirado uma licença da companhia para focar em sua saúde.

O anúncio do falecimento foi feito por Larry Ellison, fundador e diretor de tecnologia da Oracle, em uma publicação no site pessoal de Hurd.

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"É com profundo sentimento de tristeza e perda que digo a todos aqui na Oracle que Mark Hurd faleceu nesta manhã. Mark era um dos meus amigos mais próximos e insubstituíveis, e colega confiável. A Oracle perdeu um líder brilhante e amado, cuja personalidade tocou tantas vidas durante sua década na Oracle", escreveu Ellison, em nota no site.

Hurd chegou à Oracle em 2010 e foi nomeado co-CEO quatro anos depois, ao lado de Safra Catz, depois que Ellison deixou o posto.

Uma de suas primeiras iniciativas na Oracle foi transformar o time de vendas da companhia. Em 2013, ele criou um modelo de especialistas para vendas, ao invés de vendedores generalistas.

Sob a liderança de Hurd, a Oracle expandiu fortemente seu negócio de computação em nuvem, antecipando essa tendência na indústria de tecnologia. Em 2015, preveu que quase 80% dos centros de dados e servidores nas empresas iriam desaparecer até 2025 e começou a expandir o negócio em nuvem da companhia. Aumentou os investimentos em pesquisa e desenvolvimento dessa área e começou a competir com a Amazon e a Microsoft.

Com valor de mercado de 179 bilhões de dólares, a maior parte das receitas da companhia já vêm de serviços em nuvem. Os serviços de nuvem e suporte geraram receita de 6,8 bilhões de dólares no primeiro trimestre do ano fiscal de 2020, de um total de 9,2 bilhões de dólares em faturamento.

Ao tirar a licença por motivos de saúde, Ellison voltou novamente ao cargo.

Hurd também tinha atuado como CEO da Hewlett-Packard, uma das companhias mais antigas do Vale do Silício. Durante os cinco anos que atuou na HP, a empresa dobrou de valor na bolsa e as receitas cresceram 63%. O executivo deixou a HP em 2010 depois de alegações de assédio sexual.

Após investigações, a HP afirmou que Hurd não violou o código de conduta sobre assédio sexual, mas que não havia informado seu relacionamento com uma funcionária para a companhia. Na ocasião, Ellison disse que a HP havia cometido um engano enorme ao demitir Hurd e o chamou para a Oracle.

Hurd deixa esposa e duas filhas.

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