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Morgan Stanley é acusado de falta de ética, diz regulador

O secretário acusou corretores do banco de forçarem os chamados "empréstimos baseados em títulos" para impulsionar negócios por meio de competições


	Morgan Stanley: ele também disse que levou quase um ano para altos executivos do banco descobrirem a violação
 (Mike Blake/Reuters/Reuters)

Morgan Stanley: ele também disse que levou quase um ano para altos executivos do banco descobrirem a violação (Mike Blake/Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 18h07.

Boston- O Morgan Stanley foi acusado nesta segunda-feira de "conduta desonesta e sem ética" pelo principal regulador do mercado de capitais do Estado norte-americano de Massachusetts, que afirma que o banco promoveu competições de venda de produtos bancários.

O secretário da Commonwealth, William Galvin, acusou corretores do Morgan Stanley de forçarem os chamados "empréstimos baseados em títulos" para impulsionar negócios por meio de competições que tinham sido proibidas pelo próprio Morgan Stanley.

Ele também disse que levou quase um ano para altos executivos do banco descobrirem a violação e que ainda não encerraram a competição imediatamente.

"Esta acusação expõe a cultura do Morgan Stanley que gerou o esforço de alta pressão para vender produtos bancários aos seus clientes de corretagem sem levar em conta o dever fiduciário para com o investidor", disse Galvin em comunicado.

O porta-voz do Morgan Stanley James Wiggins disse que a denúncia não tem mérito e que o banco pretende se defender vigorosamente. "Os empréstimos com base em valores mobiliários foram abertos apenas depois de discutir o produto com cada cliente e obter o seu consentimento", disse Wiggins em um comunicado.

Trinta consultores financeiros que trabalham em cinco escritórios do Morgan Stanley fizeram parte do concurso, que começou em janeiro de 2014, disse Galvin.

Os incentivos eram 1 mil dólares por 10 empréstimos, 3 mil dólares por 20 empréstimos e 5 mil dólares por 30 empréstimos, disse Galvin, acrescentando que o desempenho era monitorado de perto por supervisores.

As acusações foram feitas apenas algumas semanas depois que o rival Wells Fargo foi multado em 185 milhões de dólares por ter aberto contas de clientes de maneira fraudulenta.

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