Negócios

Montadoras e fábricas de máquinas demitiram 14.732 em 2015

O ano fechou com 144.508 empregados no setor, número 10,2% menor do que o registrado em dezembro de 2014


	Montadoras: exportações de veículos fabricados no Brasil cresceram 24,8% em 2015
 (Germano Lüders/EXAME)

Montadoras: exportações de veículos fabricados no Brasil cresceram 24,8% em 2015 (Germano Lüders/EXAME)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 09h57.

São Paulo - As fabricantes de veículos e máquinas agrícolas demitiram 14.732 trabalhadores no decorrer de 2015.

O ano fechou com 129.776 empregados no setor, número 10,2% menor do que os 144.508 registrados em dezembro de 2014.

Os dados são da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), entidade que representa as montadoras, e foram divulgados nesta quinta-feira (7).

De acordo com o balanço, 2,12 milhões de carros novos foram vendidos no ano passado, uma queda de 24% ante 2014.

Quando considerados os comerciais leves, caminhões e ônibus, os emplacamentos chegaram a 2,56 milhões de veículos em 2015, quantidade 26,6% menor do que a comercializada no ano anterior – e o maior recuo em 28 anos.

“O cenário político de 2015 contribuiu para a redução da confiança dos consumidores e investidores. A consequência disso é o adiamento da compra, pois se criou uma expectativa por definições para dar maior previsibilidade e propiciar um melhor planejamento", avaliou Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, em nota. 

Exportações

Com a valorização do dólar e o impulso de acordos comerciais firmados com Argentina, Colômbia, México e Uruguai, as exportações da autoindústria cresceram em 2015.

Foram 416.955 veículos (carros, comerciais leves, caminhões e ônibus) enviados para fora do país no ano, 24,8% a mais que em 2014.

Perspectivas

As previsões da Anfavea, assim como as da Fenabrave (entidade que representa as concessionárias), são de que o setor continuará em retração neste ano.

A expectativa é de que as vendas de autoveículos, no geral, caiam 7,5% na comparação com 2015.

Já as exportações devem continuar aumentando, com projeção de crescimento de 8,1%.

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