Colaboradora no Viveiro na fábrica em Bahía Blanca (Unipar/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 5 de novembro de 2024 às 15h15.
Importante ator do setor químico e petroquímico, a Unipar apresentou, em seu Relatório de Sustentabilidade 2023 a evolução da empresa nos aspectos sociais, ambientais e de governança.
O documento também destaca algumas ações realizadas no primeiro semestre de 2024, como os avanços na construção da primeira planta fora da região Sudeste.
Em Camaçari, na Bahia, a nova unidade que deve entrar em operação até o final deste ano recebeu R$ 234 milhões em investimentos. Essa é a primeira iniciativa do tipo greenfield (projeto concebido, planejado e executado pela Unipar, sem contar com uma estrutura já existente) da estratégia de expansão da companhia.
O objetivo é atender a demanda crescente de cloro e soda na região, que deve concentrar o maior desenvolvimento de saneamento na próxima década. “Com ela estaremos mais próximos dos clientes e seguimos a rota de expansão do saneamento no Nordeste”, destacou Rodrigo Cannaval, CEO da Unipar.
Cubatão (SP)
Está localizada no polo industrial do município, próxima ao Porto de Santos e ao sistema rodoviário Anchieta-Imigrantes. Abriga uma área verde de 650.000m² com uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de 7.000 m², outorgada pelo Ibama.
Santo André (SP)
Com mais de 2.500.000 m² de parque fabril, a fábrica é cercada por aproximadamente 10.000.000 m² de área verde nativa preservada. Completamente integrada à cadeia Cloro-Soda-PVC, se situa perto do polo petroquímico do Sudeste, possuindo conexões com a logística rodoviária, ferroviária e portuária
Camaçari (BA)
Em construção, a nova unidade deve entrar em operação no segundo semestre de 2024. É a primeira fábrica da Unipar no Nordeste brasileiro que se conecta com a expansão de mercado de saneamento do Brasil, nos tornando mais próximos dos clientes da região
Bahía Blanca (Argentina)
Único produtor de PVC na Argentina, com 1.100.000 m² de parque fabril e posição geográfica favorável, o complexo Unipar em Bahía Blanca conta com conexões viárias e ferroviárias que garantem o acesso aos mercados da região e com um porto de águas profundas, com saída para o Atlântico, que beneficia as exportações.
Em 2023 foram destinados R$ 374 milhões a melhorias e à modernização industrial de suas plantas no Brasil e na Argentina. A empresa ressalta no conteúdo a conclusão da expansão da fábrica de Santo André, no ABC paulista, que ampliou sua capacidade de produção de cloro, soda cáustica e ácido clorídrico.
Com a instalação de um novo eletrolisador e um forno de ácido clorídrico, a companhia reduziu em 18% o uso de energia elétrica e em 60% o consumo de água de resfriamento. A unidade diminuiu também o consumo de gás natural e deixou de emitir mais de 2.000 toneladas de CO2 ao ano.
Outro avanço foi a transformação tecnológica da planta de Cubatão, em São Pqulo. Em setembro de 2023, a Unipar recebeu a aprovação do conselho de administração para dar início a obras que têm como objetivo banir o uso de mercúrio em operações industriais até 2025 no Brasil.
Mas esse não foi o único avanço. Com a troca da célula de mercúrio pela célula de membrana, a Unipar aumentará em 60% sua capacidade produtiva em Cubatão. É esperada ainda que a mudança evite a emissão de 70.000 toneladas de CO2 por ano, tendo como referência o ano-base 2020.
Fornecedora de matérias-primas que servem de insumo para grandes indústrias, incluindo as áreas de saneamento e construção civil, a Unipar é consumidora intensiva de energia elétrica, cujo consumo representa cerca de 50% dos custos com insumos para a produção de cloro e soda cáustica.
Não à toa, a busca por alternativas mais sustentáveis tornou-se uma prioridade para a empresa, que tem como meta, até 2025, ter suas plantas no Brasil operando com 80% de energia renovável (eólica e solar) oriunda do modelo de autogeração, reduzindo assim sua pegada de carbono.
A Unipar também firmou contratos de longo prazo no Mercado Livre de Energia para que o fornecimento dos 20% de energia remanescente no Brasil seja de fonte limpa.
Em paralelo, os investimentos em autoprodução de energia elétrica renovável continuam a todo vapor. A Unipar aportou recursos para a construção, por aqui, de duas usinas eólicas — uma em Tucano, na Bahia, e outra em Cajuína, no Rio Grande do Norte, além de um empreendimento solar em Pirapora, Minas Gerais,. Juntos, os três complexos terão capacidade de produzir 485 MW de energia elétrica, dos quais 149 MW (em média) serão destinados para as plantas industriais da Unipar no Brasil.
Com a entrada em operação da usina eólica localizada em Tucano, em outubro de 2023, e da usina solar localizada em Pirapora, a empresa atinge 59% da sua capacidade de autoprodução. Entre os ganhos estão a garantia do acesso à energia, maior previsibilidade de preços e redução dos custos.
Em relação ao uso da água, a Unipar assumiu o compromisso de, até 2030, reduzir em 15% o seu uso e ter 15% de reaproveitamento (ano-base 2021). Outra conquista foi a nota elevada de C para B na categoria Mudanças Climáticas no ciclo 2023 do CDP Insight Action — organização referência global na divulgação e no acompanhamento de informações sobre mudanças climáticas, gestão hídrica e florestas.
Enquanto o C é um indicativo de conscientização sobre o tema, o B atesta que a empresa demonstra uma gestão fortemente pautada no assunto.
Em 2023, a Unipar também se tornou signatária do Pacto Global da ONU, a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, e assumiu o compromisso público no Movimento +Água, que soma forças com outras organizações para, coletivamente, contribuir com acesso ao saneamento e à gestão hídrica.
De olho na sustentabilidade de toda a cadeira, a companhia criou, em 2022, um sistema que tem como objetivo recadastrar todos os fornecedores e submetê-los aos critérios definidos para homologação.
No final de 2023, o sistema contabilizava 1.327 empresas homologadas, o que representa 47% do total de fornecedores.
Fechando o ciclo do ESG vem o Instituto Unipar, frente que se compromete a promover o desenvolvimento humano nas áreas de educação, cultura, esportes e ações socioambientais, além do saneamento, principalmente nas comunidades onde a empresa atua.
A seguir, alguns dos projetos apoiados pelo braço de social da empresa
Saneamento básico: para beneficiar 30 famílias da comunidade do Jardim Planteucal, bairro de Rio Grande da Serra, o instituto instalou um sistema de tratamento de esgoto descentralizado de baixo custo e de fácil implementação em relação ao modelo tradicional de saneamento