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Modelo de BB e Bradesco para a África sai em 90 dias

São Paulo - O modelo de atuação da parceria anunciada hoje por Banco do Brasil (BB), Bradesco e Banco Espírito Santo (BES), para atuação no continente africano, sai em até 90 dias, disse o presidente do BB, Aldemir Bendini. Serão definidos os valores a serem investidos e a composição acionária da holding que será criada. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - O modelo de atuação da parceria anunciada hoje por Banco do Brasil (BB), Bradesco e Banco Espírito Santo (BES), para atuação no continente africano, sai em até 90 dias, disse o presidente do BB, Aldemir Bendini. Serão definidos os valores a serem investidos e a composição acionária da holding que será criada. "Em 60 a 90 dias teremos isso definido", afirmou.

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, disse que a África é a nova fronteira de expansão para bancos e empresas brasileiras. "Há países com baixíssima bancarização", afirmou, durante entrevista concedida à imprensa para comentar a assinatura do memorando de entendimentos.

O português BES tem 100% de participação na holding BES África. Os dois bancos brasileiros vão entrar no capital dessa empresa. O BES atua em países como Angola, onde tem 30 agências, e Líbia, onde possui 20 agências.

EUA

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a associação do BB com o Bradesco e o BES para participar de uma holding financeira não descarta a intenção do banco público de ampliar seu processo de internacionalização, sobretudo nos Estados Unidos.

Segundo Mantega, o BB já recebeu autorização do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) para atuar no mercado norte-americano como instituição comercial, com foco em áreas onde existem as maiores concentrações de brasileiros. Segundo fontes do BB, essas áreas englobam cinco Estados, entre eles Massachusetts e Connecticut, além de Nova York.

Apoio na África

Mantega afirmou ainda que a holding financeira busca dar apoio a empresas de brasileiras que atuam em seis países da África (Angola, Cabo Verde, Marrocos, Argélia, Moçambique e África do Sul). "Estivemos reunidos nesta manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estabeleceu, como diretriz, que o Brasil tem de fazer maior integração junto com o continente africano. O continente africano é o futuro, especialmente para nós, aqui no Brasil", disse o ministro.

Também participaram do encontro o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro Brandão, o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco Cappi, o presidente do BES, Ricardo Salgado, e o presidente do BB, Aldemir Bendini. Na avaliação de Mantega, o mundo está saindo de uma crise financeira internacional "muito séria" e os países emergentes tendem a aproveitar espaços para expansão de seus negócios.

"Estamos muito felizes com essa associação com Bradesco e Banco Espírito Santo. É uma parceria entre o setor público e privado, pois podemos trabalhar juntos com sinergia no Brasil e lá fora", afirmou. "Estamos ampliando a atuação do Banco do Brasil no mundo", afirmou o ministro. "O banco já atua em 23 países e nosso foco é ampliar o raio de atuação."

Mantega ressaltou que a nova holding financeira visa operar em países africanos que estão em forte expansão econômica e que registram vigorosa presença de indústrias brasileiras, além de cidadãos brasileiros. "O Brasil tem a vocação natural para fazer essa integração", comentou, acrescentando que merece destaque a associação entre dois bancos brasileiros de grande porte e um português para atuar na África.

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