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Ministros discutem impasse sobre fábrica da Petrobras

Os governos de Minas e São Paulo alimentam um impasse sobre o suprimento de gás para a construção de uma unidade da estatal em Uberaba

Gasoduto em refinaria de petróleo: o ideal seria que o gás fosse enviado a partir de um ramal conectado a Ribeirão Preto, mas SP é contra pois deseja que a fábrica seja construída no Estado (Katja Buchholz/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 13h49.

Brasília - Na tentativa de destravar a construção da fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba (MG), o prefeito da cidade, Paulo Piau (PMDB), e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, estiveram reunidos nesta quinta-feira, 24, com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para discutir o impasse que envolve os governos de Minas Gerais e de São Paulo sobre o suprimento de gás para a unidade.

O ideal seria que o gás fosse enviado a partir de um ramal conectado a Ribeirão Preto, no interior paulista, onde existe um gasoduto de distribuição. Mas o governo de São Paulo, responsável pela gestão do gasoduto, não libera a construção desse ramal, pois deseja que a fábrica da Petrobras seja construída no Estado.

"O problema é que São Paulo quer tudo para si. Mas eles precisam entender que, liberando o gás para Uberaba, também serão beneficiados 15 municípios no norte de São Paulo, que ficam entre Minas e Ribeirão Preto", disse Piau. De acordo com ele, o custo para construir o ramal de gás de Ribeirão a Uberaba é de cerca de US$ 230 milhões.

A segunda alternativa seria expandir, a partir de São Carlos (SP), uma rede de gás de transporte, essa sob gestão do governo federal, mas que custaria US$ 518 milhões. A terceira opção, que dependeria apenas de uma decisão do governo de Minas Gerais, seria estender um ramal de distribuição a partir de Belo Horizonte, a um custo estimado entre US$ 800 milhões e US$ 900 milhões. "Se não for possível por São Paulo, o gás chegará por outras vias. Mas queremos chegar a um acordo que permita o menor custo", completou o prefeito de Uberaba.

Segundo Piau, a fábrica da Petrobras está em fase de terraplanagem, com previsão de entrada em operação em 2016. Ele defendeu o Triângulo Mineiro como ponto ideal de distribuição do fertilizante para as áreas de cultivo do País. Ainda conforme Piau, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) reservou R$ 500 milhões para a construção do gasoduto até Uberaba.

Depois do encontro, Pimentel reafirmou o compromisso da administração federal em construir a fábrica em Uberaba. "Há uma dificuldade com o governo de São Paulo, mas, independente disso, o governo de Minas Gerais tem outras soluções. Da parte do governo federal, a fábrica está garantida", disse. A presidente Dilma Rousseff confirmou a instalação de uma fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba em 13 de agosto, quando participou da inauguração de um "etanolduto" ligando Ribeirão até a refinaria de Paulínia (SP). A amônia é usada na indústria alimentícia e na produção de desinfetantes, tinturas de cabelo, materiais plásticos, couro e explosivos, entre outros produtos, mas o principal uso é como matéria-prima para a elaboração de fertilizantes nitrogenados (ureia, sulfato e nitrato de amônio).

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Brasília - Na tentativa de destravar a construção da fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba (MG), o prefeito da cidade, Paulo Piau (PMDB), e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, estiveram reunidos nesta quinta-feira, 24, com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para discutir o impasse que envolve os governos de Minas Gerais e de São Paulo sobre o suprimento de gás para a unidade.

O ideal seria que o gás fosse enviado a partir de um ramal conectado a Ribeirão Preto, no interior paulista, onde existe um gasoduto de distribuição. Mas o governo de São Paulo, responsável pela gestão do gasoduto, não libera a construção desse ramal, pois deseja que a fábrica da Petrobras seja construída no Estado.

"O problema é que São Paulo quer tudo para si. Mas eles precisam entender que, liberando o gás para Uberaba, também serão beneficiados 15 municípios no norte de São Paulo, que ficam entre Minas e Ribeirão Preto", disse Piau. De acordo com ele, o custo para construir o ramal de gás de Ribeirão a Uberaba é de cerca de US$ 230 milhões.

A segunda alternativa seria expandir, a partir de São Carlos (SP), uma rede de gás de transporte, essa sob gestão do governo federal, mas que custaria US$ 518 milhões. A terceira opção, que dependeria apenas de uma decisão do governo de Minas Gerais, seria estender um ramal de distribuição a partir de Belo Horizonte, a um custo estimado entre US$ 800 milhões e US$ 900 milhões. "Se não for possível por São Paulo, o gás chegará por outras vias. Mas queremos chegar a um acordo que permita o menor custo", completou o prefeito de Uberaba.

Segundo Piau, a fábrica da Petrobras está em fase de terraplanagem, com previsão de entrada em operação em 2016. Ele defendeu o Triângulo Mineiro como ponto ideal de distribuição do fertilizante para as áreas de cultivo do País. Ainda conforme Piau, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) reservou R$ 500 milhões para a construção do gasoduto até Uberaba.

Depois do encontro, Pimentel reafirmou o compromisso da administração federal em construir a fábrica em Uberaba. "Há uma dificuldade com o governo de São Paulo, mas, independente disso, o governo de Minas Gerais tem outras soluções. Da parte do governo federal, a fábrica está garantida", disse. A presidente Dilma Rousseff confirmou a instalação de uma fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba em 13 de agosto, quando participou da inauguração de um "etanolduto" ligando Ribeirão até a refinaria de Paulínia (SP). A amônia é usada na indústria alimentícia e na produção de desinfetantes, tinturas de cabelo, materiais plásticos, couro e explosivos, entre outros produtos, mas o principal uso é como matéria-prima para a elaboração de fertilizantes nitrogenados (ureia, sulfato e nitrato de amônio).

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