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Mercedes ressuscita Maybach para desafiar Rolls-Royce

Montadora está recuperando o nome Maybach pela segunda vez em busca dos compradores mais ricos


	Maybach: marca irá oferecer adaptações mais espaçosas e opulentas para carros como o sedã Classe S
 (Keyur Khamar/Bloomberg)

Maybach: marca irá oferecer adaptações mais espaçosas e opulentas para carros como o sedã Classe S (Keyur Khamar/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 21h02.

Frankfurt - A Mercedes-Benz está recuperando o nome Maybach pela segunda vez para desafiar a Rolls-Royce e a Bentley em busca dos compradores de automóveis mais ricos do mundo.

A Maybach, uma marca dos anos 1930, se tornará a submarca ultraluxuosa da Mercedes, oferecendo adaptações mais espaçosas e opulentas para carros como o sedã Classe S. O primeiro veículo a ser lançado estreará no fim do mês.

“O cliente fica com o melhor que temos para oferecer”, disse Ola Kaellenius, chefe de vendas da unidade da Daimler AG, em um evento, hoje, perto de Stuttgart, Alemanha.

“Estou confiante e otimista de que a Maybach será bem-sucedida no mercado”.

A Mercedes está revertendo uma decisão de 2011 de acabar com a produção da Maybach como parte de uma reforma de marca mais ampla na Mercedes.

De acordo com o plano para rebatizar seus veículos utilitários esportivos, roadsters e cupês a partir do ano que vem, o SUV Classe M se transformará no GLE.

“Eles estão consertando erros do passado que acabaram gerando caos”, disse Jürgen Pieper, analista do Bankhaus Metzler em Frankfurt. “Isso é bom e é um movimento lógico”.

Com a Mercedes buscando saltar do terceiro para o primeiro lugar em vendas de carros de luxo, esses movimentos acompanham os passos das rivais.

A BMW AG e a Volkswagen AG já estão ativas no segmento de ultraluxo com as marcas Rolls-Royce e Bentley, respectivamente, embora a BMW e a Audi, da Volkswagen, também distingam, claramente, os SUVs de seus sedãs e wagons principais.

Roadsters SL

Os nomes dos SUVs da Mercedes começarão com GL, segundo a nova política. Os atuais modelos GL top de linha se tornam GLS para se associarem ao Classe S, e o compacto GLK se torna GLC para se alinhar ao Classe C.

Ao matar o nome M-Class, a Daimler dá fim a uma desconfortável associação com a unidade de desempenho M, da BMW. O offroader Classe G, de US$ 115.400, permanece inalterado.

Os nomes dos cupês quatro portas começarão com CL e os roadsters começarão com SL. A Mercedes também lançará letras minúsculas para diferentes sistemas de transmissão: “d” para diesel, “e” para elétrico e “h” para híbrido.

“É hora de colocar isso em ordem”, disse Kaellenius. “Nós estamos trazendo uma lógica clara que todos compreendem”.

A Maybach, que foi recuperada originalmente em 2002, se tornará o equivalente de luxo da unidade de desempenho AMG, que oferece versões turbinadas dos carros, incluindo o hatchback Classe A.

O primeiro modelo será o Mercedes-Maybach Classe S, que estreará em Los Angeles e em Guangzhou, China.

Interiores luxuosos

A submarca se distinguirá das edições padrão por ter mais espaço, assentos especiais, interiores “com design luxuoso” e mais opções de personalização, disse a Mercedes.

Como marca independente, a Maybach - que recebeu o nome em homenagem a um dos primeiros colaboradores de Gottlieb Daimler, um dos fundadores da fabricante de carros - não conseguiu representar um desafio sério pelos consumidores de ultraluxo porque não possuía reconhecimento de marca.

As vendas tiveram um pico de cerca de 600 carros em 2003, enquanto a Rolls-Royce e a Bentley passaram a registrar recorde de vendas.

Os novos modelos da Maybach serão mais baratos que os veículos anteriores, que foram construídos de forma individual e custam mais de US$ 350.000, disse a Mercedes, sem fornecer detalhes.

A empresa estima que a China será seu mercado mais importante, seguida dos EUA, da Alemanha, da Rússia e do Oriente Médio.

“É uma escolha muito melhor reativar a Maybach como uma submarca do Classe S do que tentar criar artificialmente uma história para a marca”, disse Daniel Schwarz, analista do Commerzbank em Frankfurt.

“O Classe S já é uma marca forte e pode ser alavancada ainda mais”.

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