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Mercado internacional impulsiona Azul em maio

Dados nesta terça-feira mostraram que a demanda por voos da Azul, incluindo nacionais e internacionais, subiu 20,4%

Azul: o vice-presidência de Receitas da Azul atrelou o resultado à forte demanda em voos internacionais, (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 12 de junho de 2017 às 16h29.

São Paulo - O mercado internacional impulsionou o resultado operacional da companhia aérea Azul em maio ante igual período do ano passado, enquanto a rival Gol teve queda, preferindo manter disciplina de capacidade.

Dados nesta terça-feira mostraram que a demanda por voos da Azul, incluindo nacionais e internacionais, subiu 20,4 por cento, e que a oferta cresceu 20 por cento, resultando em alta de 0,2 ponto percentual na taxa de ocupação, a 79,8 por cento.

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O vice-presidência de Receitas da Azul, Abhi Shah, atrelou o resultado à forte demanda em voos internacionais, ajudada pelo comportamento do câmbio na comparação anual, além da oferta de novas rotas (Belo Horizonte-Buenos Aires e Campinas-Lisboa).

Considerando apenas os números internacionais, a demanda na Azul subiu 59,7 por cento e a oferta teve alta de 55,4 por cento, com a taxa de ocupação chegando a 89,6 por cento, 2,4 pontos percentuais maior na base anual.

Em relação ao câmbio, maio encerrou com o dólar a 3,23 reais contra 3,61 reais registrados no fechamento de maio de 2016.

O executivo não detalhou expectativa de demanda de voos internacionais, mas destacou que a oferta deve desacelerar para uma expansão ao redor de 30 por cento no próximo mês.

Shah acrescentou que os dados operacionais no mercado doméstico também foram beneficiados pelo uso de aviões A320 Neo, aeronaves um maiores, que ajudaram principalmente na oferta para o mercado na região Nordeste.

No mercado doméstico, a Azul reportou alta de 14,3 por cento na demanda e elevação de 15,1 por cento na oferta de assentos em maio sobre um ano antes, com a taxa de ocupação cedendo 0,5 ponto, a 78 por cento.

Em nota a clientes, analistas do Bradesco BBI afirmaram que os números da Azul confirmam tendência positiva para as rotas internacionais e sólida performance no mercado doméstico.

Analistas destacaram em relatórios recentes que o modelo de negócios da Azul, com foco em novos mercados e forte exposição regional a coloca em forte posição competitiva.

Gol

Já a Gol teve queda de 2,4 por cento na demanda e declínio de 4,6 por cento na oferta em maio ano a ano, com a taxa de ocupação ficou em 76,6 por cento, subindo 1,7 ponto percentual.

De acordo com a equipe do Bradesco BBI liderada pelo analista Victor Mizusaki, os dados apresentaram continuidade na tendência positiva de melhora na taxa de ocupação, mostrando gestão disciplinada de capacidade da companhia.

No mercado doméstico, a taxa de ocupação nos voos ficou em 76,9 por cento, alta de 1,1 ponto sobre um ano antes, enquanto a demanda caiu 1,9 por cento e oferta recuou 3,2 por cento.

Nos voos internacionais, o aumento foi de 6,3 pontos percentuais na taxa de ocupação, a 73,9 por cento, com a demanda recuando 6,6 por cento e a oferta cedendo 14,5 por cento.

Procurada, a Gol não comentou os números de maio.

Às 15:59, a ação da Azul caía 1,5 por cento, a 22,81 reais, enquanto o da Gol avançava 1,2 por cento, a 7,86 reais.

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