McDonald's: o anúncio segue tendência que começou com o Walmart, mas exclui os trabalhadores de franquias, que são maioria (Michel Teo Sin/EXAME)
Karin Salomão
Publicado em 2 de abril de 2015 às 12h54.
São Paulo - O McDonald’s planeja aumentar os salários em mais de 10% para os trabalhadores dos Estados Unidos. Mas a política atinge apenas as lojas próprias, excluindo franquias.
O anúncio segue uma tendência de valorização dos empregados que começou com o Walmart.
A partir de julho, a rede de fast food irá pagar US$ 1 a mais do que o salário mínimo por hora. Hoje, os funcionários recebem US$ 9,01 e, até o fim de 2016, serão US$ 10.
Serão afetados 1.500 restaurantes próprios e quase 9.000 trabalhadores. No entanto, o aumento não será expandido para as suas franquias, que operam quase 90% das 14.350 lojas nos Estados Unidos.
A rede também disse que irá oferecer cinco dias de folga remunerados por ano, além de subsidiar alguns custos com educação para todos os funcionários nos Estados Unidos, que são cerda de 750.000.
O diretor executivo da rede, Steve Easterbrook, disse que a política é uma resposta a pesquisas feitas com trabalhadores. Com isso, ele espera reerguer as vendas, depois de mais de dois anos de queda.
O movimento é, em parte, pressionado pelo anúncio do Walmart, que disse que iria aumentar os salários de mais de 500.000 trabalhadores, para pelo menos US$ 10 por hora.
A Starbucks também disse que aumentou os salários em janeiro para os seus baristas, mas não especificou o valor.
Em média, trabalhadores de redes de fast food ganham US$ 8,90 por hora.
Mais de 150 protestos tomaram o país exigindo salários mais justos, de pelo menos US$ 15 por hora. Entre os manifestantes, estavam funcionários do McDonald's, Wendy's, e Burger King.