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Marvel, scooters e outras novidades do Salão Duas Rodas

O maior evento do setor na América Latina, que abre as portas ao público nesta terça-feira, 19, traz modelos para atrair adeptos - ou não - das motocicletas

Modelo conceito feito em parceria inédita da Yamaha com estúdio Marvel (Juliana Estigarríbia/Exame)

Modelo conceito feito em parceria inédita da Yamaha com estúdio Marvel (Juliana Estigarríbia/Exame)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 19 de novembro de 2019 às 09h14.

As montadoras reservam grandes atrações para chamar a atenção dos visitantes na edição deste ano do Salão Duas Rodas, que abre as portas ao público nesta terça-feira, 19, na capital paulista. Os destaques vão desde o aumento da oferta de scooters até modelos inspirados nos heróis da Marvel.

"Queremos aproximar o mundo 'geek' do mercado de motos com essa parceria inédita idealizada no Brasil", afirma Ricardo Susini, diretor comercial da Yamaha Brasil.

A montadora japonesa fechou uma parceria com o estúdio Marvel, da Disney, para produzir motos de série inspiradas em heróis como Homem Aranha e Thor. Os modelos expostos no salão não devem ser exatamente os mesmos que serão comercializados, mas a ideia é trazer, em 2020, cinco motocicletas derivadas deste conceito para o mercado local.

Modelo conceito da Yamaha: moto do Homem Aranha, do estúdio Marvel (Juliana Estigarríbia/Exame)

"Realizamos estudos que mostram que temos fãs da Marvel que também gostam de motos. Para aqueles que não estão familiarizados com o setor duas rodas, essa é uma boa oportunidade", diz Susini.

Com mais força na edição do Salão Duas Rodas 2019, as scooters prometem atrair a atenção dos visitantes. Esse tipo de motocicleta tem câmbio automático ou semiautomático e é concebido para privilegiar o conforto. "Temos visto a chegada de novos clientes ao setor, que buscam soluções de mobilidade ou um veículo mais barato", diz Marcos Monteiro, gerente geral comercial da Moto Honda do Brasil.

Além das scooters já comercializadas no Brasil, a montadora traz ao salão dois modelos da categoria, de 150 e 300 cilindradas, para estudar a aceitação do público e avaliar o potencial comercial dos veículos no mercado brasileiro.

A aposta no segmento não é à toa. De janeiro a setembro deste ano, as vendas de scooters cresceram 27% sobre o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Nos últimos três anos, as montadoras vêm concentrando cada vez mais esforços para atender a essa demanda do consumidor.

É o caso da icônica marca italiana Vespa que, há pouco mais de dois anos, anunciou sua chegada ao mercado brasileiro, de olho na expansão das vendas da categoria. No Salão Duas Rodas, a montadora também marcou presença com seus modelos tradicionais.

Icônica marca italiana de scooters Vespa (Juliana Estigarríbia/Exame)

As montadoras também trazem ao salão os famosos modelos esportivos, tanto para adeptos de circuitos de corridas quanto para seus admiradores.

Modelo esportivo CBR, da Honda (Juliana Estigarríbia/Exame)

Mercado nacional

Após um longo período de retração, a indústria de motos vem apresentando gradual recuperação no país. Os fabricantes atribuem o resultado a uma maior confiança do consumidor e ao retorno do crédito.

O diretor da Yamaha explica que, no auge do mercado brasileiro de motos, em 2011, houve uma “bolha” de crédito, com um volume desenfreado de empréstimos e disparada da inadimplência. “De lá para cá, os bancos tiveram que desenvolver um novo modelo de score e agora estão voltando a financiar motos”, diz Susini.

Para este ano, a Yamaha projeta um crescimento das vendas de cerca de 17%. A Honda também vai crescer, em torno de 13,5%. “O consumidor está demandando motos. O ambiente econômico também está mais propício, com a taxa básica de juros mais baixa e os bancos voltando a financiar o setor”, pondera Monteiro.

Segundo projeção da Abraciclo,  as montadoras deverão produzir 1,1 milhão de unidades em 2019, alta de 6,1% em relação ao ano passado. No entanto, o desempenho ainda é muito inferior ao período recorde do mercado de 2011, quando o volume produzido atingiu 2 milhões de unidades.

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