Negócios

Marfrig vai focar em corte de custos no segundo semestre

Empresa também vai investir em produtos industrializados na segunda metade do ano

Marfrig: empresa fechou duas fábricas no Brasil nesse trimestre (Divulgação)

Marfrig: empresa fechou duas fábricas no Brasil nesse trimestre (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 11h19.

São Paulo – No segundo semestre a Marfrig terá entre suas prioridades o corte de custos. No trimestre, as despesas operacionais somaram 611,8 milhões de reais. O valor é 32,8% superior ao registrado no mesmo período de 2010 e 7,4% maior que o do primeiro trimestre.

O custo dos produtos vendidos totalizou 4,61 bilhões de reais no trimestre, montante 55,8% superior ao do mesmo trimestre de 2010. O principal componente do custo dos produtos vendidos continua sendo a compra de matéria-prima (animais e insumos para ração (grãos), representando 66,7% do total.

O aumento em relação ao mesmo período do ano passado deveu-se à elevação nos preços de commodities, à maior utilização da capacidade na divisão Bovinos, ao crescimento orgânico da Seara e à integração da Keystone e da O’Kane, segundo a Marfrig. 

“Estamos trabalhando para redução de custos. Referente a margem, sempre trabalhamos para voltar a margem anterior, mas tem coisas que não estão nas nossas mãos, como preço do dólar, dos grãos e dos bois”, disse Marcos Antonio Molina dos Santos, CEO e Chairman.  No período, as despesas de vendas, gerais e administrativas tiveram uma redução por conta do controle de despesas e de sinergias provenientes da Seara.

“O segundo semestre de 2011 mostra ainda um ambiente de volatilidade, onde devemos nos beneficiar com nossa disciplina financeira e operacional para atingir os objetivos de margens crescentes”, afirmou Molina, no balanço da empresa.  

Elaborados e processados

Para o segundo semestre é de se esperar um investimento mais concentrado em plantas de produtos industrializados, segundo Molina – para aumentar a participação desse tipo de produto na receita total da empresa. 

Nesse trimestre, a receita líquida da divisão de produtos elaborados e processados cresceu 128,6% atingindo 1,9 bilhão de reais. A participação no total também aumentou, passando de 17,7% no segundo trimestre de 2010 para 32,2% no segundo de 2011. 


No segundo semestre, além da redução de custos e aumento da participação da divisão de elaborados e processados, a empresa pretende focar a gestão de capital de giro, manter o perfil conservador de caixa e de endividamento e orientar a Keystone Foods para logística e Food Service, inclusive no Brasil. 

Fábricas fechadas

A empresa fechou duas fábricas no Brasil nesse trimestre. Não são unidades muito grandes, segundo a empresa. “O nível de operação estava baixo no momento de fechamento. Em relação ao trimestre anterior não foi grande o impacto de capital de giro”, disse Ricardo Florence, diretor de planejamento e de relações com investidores.

A Marfrig registrou um prejuízo liquido de 91,0 milhões de reais no segundo trimestre de 2011. No mesmo trimestre de 2010, a empresa havia obtido um lucro líquido de 103,8 milhões de reais. No trimestre, a empresa destacou os altos preços de insumos (principalmente grãos e gado) e a apreciação do real perante o dólar. 

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoAlimentos processadosBalançosCarnes e derivadosEmpresasEmpresas brasileirasIndústriaMarfrigTrigo

Mais de Negócios

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel

Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana

Peugeot: dinastia centenária de automóveis escolhe sucessor; saiba quem é