Negócios

Magazine Luiza: Retomada econômica é impulso para crescimento

No e-commerce tradicional, as vendas do Magazine Luiza cresceram 47 por cento e o marketplace contribuiu com vendas adicionais de 120,1 milhões

Magazine Luiza: no quarto trimestre do ano passado, a participação do comércio eletrônico no total das vendas subiu para 32,3 por cento ante 26,4 por cento um ano antes (Magazine Luiza/Divulgação)

Magazine Luiza: no quarto trimestre do ano passado, a participação do comércio eletrônico no total das vendas subiu para 32,3 por cento ante 26,4 por cento um ano antes (Magazine Luiza/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 17h20.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2018 às 17h20.

São Paulo - O Magazine Luiza aposta na recuperação da economia como impulso adicional para a manutenção do crescimento dos negócios este ano, destacando que vê como tendência o comércio eletrônico crescendo mais do que o segmento de lojas físicas.

Segundo o presidente-executivo da empresa, Frederico Trajano, a divisão conhecida como marketplace, em que são vendidos produtos de terceiros utilizando a estrutura da companhia, deve continuar ganhando espaço nas vendas da empresa.

"Olhando para frente, por uma tendência de mercado, o marketplace deve crescer mais que o e-commerce puro e o e-commerce vai crescer mais que as lojas físicas", disse Trajano à Reuters, acrescentando que a empresa não tem metas de participação por segmento de vendas.

No quarto trimestre do ano passado, a participação do comércio eletrônico no total das vendas subiu para 32,3 por cento ante 26,4 por cento um ano antes. No e-commerce tradicional, as vendas do Magazine Luiza cresceram 47 por cento e o marketplace contribuiu com vendas adicionais de 120,1 milhões de reais.

Apostando na expansão desse segmento, a empresa coloca em operação este ano uma nova modalidade de serviço, possibilitando que os vendedores do marketplace usem os centros de distribuição e as lojas físicas do Magazine Luiza.

Conforme Trajano, a primeira fase da integração dos serviços com os vendedores do marketplace envolvia apenas a utilização das transportadoras do Magazine Luiza e tem adesão de 10 por cento dos vendedores credenciados.

A segunda fase, que prevê o uso de centros de distribuição e lojas físicas, entra em vigor este ano com algumas lojas e vendedores selecionados, antes de ser ampliada para toda rede, em 2019.

Apesar do crescimento mais forte no segmento de comércio eletrônico, a empresa ainda vê possibilidade de expansão significativa nas lojas físicas em 2018, tanto pelo desempenho independente dessas unidades como pela utilização para retirada de produtos comprados no comércio eletrônico.

"A gente tem conseguido ser muito rentável (nas lojas físicas)... não é só pela questão logística, mas também é um bom negócio", disse Trajano.

A empresa encerrou 2017 com 858 lojas físicas em operação no país ante 800 em 2016. No quarto trimestre, a empresa abriu 28 novas unidades.

A Copa do Mundo também deve ser um evento favorável para a empresa, disse Trajano, em todos os seus canais de venda. "Historicamente, tem impacto muito positivo para compra de TV... Este ano vai ter ainda o impacto em multitelas", afirmou o executivo.

Às 14h20 (horário de Brasília), as ações da Magazine Luiza subiam 6,12 por cento, negociadas a 86,40 reais, ocupando o topo da lista de maiores altas do Ibovespa, que cedia 0,14 por cento.

Para 2018, o Magazine Luiza planeja direcionar investimentos para o aumento da base ativa de clientes e no nível de serviços, de acordo com Trajano. "A gente não dá guidance de margem, mas a gente vai investir parte de nossa eficiência nesse nível de serviço", disse.

Ele afirmou que o objetivo é melhorar todos indicadores de serviço, o que envolve uma "agenda ampla", incluindo aumento no número de lojas e na frequência das rotas de transportadores.

Segundo o executivo, a empresa encerrou 2017 com posição de caixa sólida, o que "dá musculatura para acelerar investimentos sem riscos para negócio de longo prazo".

A empresa não descarta aquisições para seguir com sua meta de crescimento, mas Trajano afirmou que eventuais acordos se voltariam para o segmento de tecnologia. "Todas as possibilidades estão dentro da companhia (crescimento orgânico ou compras)... Mas aquisições vão ser mais focadas em empresas digitais", disse o presidente-executivo.

Acompanhe tudo sobre:e-commerceEmpresasMagazine Luiza

Mais de Negócios

O retorno dos CDs e LPs? Lojas de música faturam R$ 14,7 milhões no e-commerce em 2024

Maternidade impulsiona empreendedorismo feminino, mas crédito continua desafio

Saiba como essa cabeleireira carioca criou o “Airbnb da beleza”

Eles saíram do zero para os R$ 300 milhões em apenas três anos