Magazine Luiza pode ficar com a Estante Virtual
A varejista, que começou a vender livros em seu site em abril, fez uma oferta pela plataforma da Livraria Cultura que reúne os principais sebos do país
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de novembro de 2019 às 19h31.
Vai chegando o Natal e a Livraria Cultura , em seu primeiro dezembro desde a recuperação judicial, pede mais prazo para pagar as editoras e implora pelo fornecimento de livros neste que é um dos melhores períodos do ano para o setor.
Em um e-mail enviado esta semana, que irritou os fornecedores, ela pede para adiar pagamentos atrasados. E pede para parcelar os novos faturamentos em quatro vezes, pagando a partir de janeiro. A mensagem termina dizendo que "a notícia não é boa", "os timings estão ruins" e que "não queremos e nem podemos perder a venda de Natal".
No meio disso tudo, uma informação, tratada a princípio como especulação por profissionais do mercado ouvidos pela coluna: a Livraria Cultura 'vendeu' a Estante Virtual. Os trâmites seriam encerrados em fevereiro, quando a Cultura teria dinheiro para "pagar os valores em aberto".
A informação agora é que o Magazine Luiza , que começou a vender livros em seu site em abril, fez uma oferta pela plataforma que reúne os principais sebos do País. Segundo o Publishnews, a venda, no entanto, deve ser feita em leilão. Se alguém cobrir a oferta da Magazine Luiza leva a bem-sucedida empresa criada em 2005 por André Garcia.
A Cultura comprou a Estante Virtual num falso momento de tranquilidade, em 2017 - quando recebeu dinheiro da Fnac para encerrar a operação da rede francesa no Brasil. Meses depois, pediu recuperação judicial - que foi aprovada em abril deste ano.