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Magalu cresce e e-commerce corresponde a 70% das vendas pela primeira vez

Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza, comentou os resultados do primeiro trimestre de 2021 em entrevista à EXAME

Magalu: crescimento no primeiro trimestre de 2021 (Germano Lüders/Exame)

Magalu: crescimento no primeiro trimestre de 2021 (Germano Lüders/Exame)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 13 de maio de 2021 às 19h11.

Última atualização em 13 de maio de 2021 às 19h21.

O Magazine Luiza acaba de divulgar os resultados do primeiro trimestre de 2021. No período, as vendas totais cresceram 63%, atingindo 12,5 bilhões de reais, sendo que 70% delas vieram do e-commerce — percentual mais alto da história até o momento. "Quando abrimos o capital há dez anos, a participação do e-commerce era de 10%. O resultado atual é uma consequência por sermos multicanal, mas nunca trabalhamos com a loja online em detrimento da física", diz Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza.

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No primeiro trimestre de 2021, em média, 25% das lojas estavam fechadas por causa da pandemia de covid-19, sendo que em março o fechamento chegou a 61%. No mesmo mês de 2020, 67% das lojas estavam abertas. Assim, o cenário impulsionou um aumento de 114,4% no e-commerce total e de 3,7% nas lojas físicas, acima da média do mercado. Sendo que, das vendas online, dois terços acontecem no aplicativo.

Para Trajano, a tendência do varejo é de crescimento no e-commerce, mas é preciso sustentabilidade na operação. "Geramos um caixa robusto porque temos um modelo multicanal de fato, que nos coloca numa posição de realizar esse crescimento online sem grandes concessões". Junto com a diluição das despesas operacionais o Ebitda ajustado atingiu 427,2 milhões de reais, crescendo 56,0%.

Para melhorar o serviço e continuar conquistando clientes, o Magazine Luiza tem investido em entregas rápidas. Hoje, 45 das 1.300 lojas conseguem entregar um pedido em até 1 hora a partir da distribuição da própria companhia. Além disso, 51% das compras em geral já são entregues em um dia. A intenção é usar essa malha também para os vendedores do marketplace, sendo que em alguns casos os produtos deles podem ser retirados em lojas físicas. No ano passado, o Magalu saiu de 26.000 para 56.000 vendedores do marketplace, boa parte por causa do projeto Parceiro Magalu que digitalizou os vendedores.

Frentes de atuação

A estratégia de crescimento contínuo do Magalu se dá com diferentes frentes de atuação. Uma delas é referente às compras de supermercado. "Compramos a VipCommerce para digitalizar o pequeno e médio supermercado e ao longo dos próximos trimestres vamos catalogar e integrar centenas de varejistas na plataforma". No delivery a compra da plataforma AiQFome já traz resultados: em março foram 2 milhões de pedidos em cidades do interior. O Magalu completa essa estratégia com a aquisição da ToNoLucro e a GrandChef.

A compra de mídias como o CanalTech, Steal the Look e Jovem Nerd também tem se mostrado eficiente. Nesses casos, a estratégia é gerar conteúdo até mesmo dentro do app Magalu, além de conseguir monetizar essas plataformas por meio de tecnologias do MagaluAds e da InLoco. "No segundo trimestre lançaremos um piloto para que as campanhas sejam autogerenciadas", diz Trajano. Em abril, a companhia também comprou a SmartHintm, startup que visa facilitar pesquisas dentro de serviços digitais e fazer recomendações de produtos. 

A consolidação dos negócios se dá também com as ferramentas próprias de pagamentos. Um destaque do trimestre está no atingimento de 3 milhões de contas no MagaluPay, implementado em julho. E o lançamento do cartão de crédito sem anuidade e com cashback, solicitado por 100.000 pessoas nas três primeiras semanas. "Metade das vendas nas lojas físicas costuma acontecer com o Cartão Luiza, mas no e-commerce é apenas 5%, vimos no lançamento deste cartão uma oportunidade de melhorar a experiência do cliente e agregar o que estamos construindo".

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