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Luiza Helena Trajano será nova presidente do IDV

A diretora-presidente da empresa de móveis e eletrodomésticos Magazine Luiza foi indicada como nova presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo


	Luiza Helena Trajano: "imagine a força que vamos ter se nos unirmos mais"
 (Flavio Santana/Biofoto)

Luiza Helena Trajano: "imagine a força que vamos ter se nos unirmos mais" (Flavio Santana/Biofoto)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 15h24.

São Paulo - A diretora-presidente da empresa de móveis e eletrodomésticos Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, foi indicada nesta quinta-feira como nova presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) e conclamou a união de diversas associações do setor em uma só entidade.

"Varejo é maior empregador do país... Imagine a força que vamos ter se nos unirmos mais", afirmou a executiva, vista no setor como interlocutura próxima da presidente reeleita Dilma Rousseff, que chegou a convidá-la em 2011 para liderar a Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Luiza Helena assumirá o comando do IDV a partir de 2015 no lugar de Flávio Rocha, presidente da varejista de moda Riachuelo.

Em evento de comemoração dos 10 anos da entidade, ela reforçou que a criação do IDV abriu um canal de interlocução com o governo, com a entidade atuando em questões como a redução temporária de impostos sobre produtos da linha branca e lançamento do Minha Casa Melhor, de subsídio à compra de móveis e eletrodomésticos.

O IDV, que reúne varejistas de peso como o Grupo Pão de Açúcar e Lojas Americanas, divulgou nesta quinta-feira estudo da consultoria McKinsey afirmando que o comércio foi o setor que viu a maior diminuição da informalidade entre 2002 e 2012.

Enquanto no país a informalidade do emprego caiu quase 15 pontos percentuais nesses 10 anos, para 40 por cento, no comércio, somente, a redução foi de 18 pontos percentuais, a 36 por cento.

No mesmo período, o comércio tomou o lugar do setor agrícola como principal empregador do país. O estudo da McKinsey apontou que a implementação pelo governo de medidas que reduziram a informalidade, como a adoção da substituição tributária e o aumento da fiscalização, resultou em uma expressiva formalização do mercado, principalmente na área de farmácias, combustíveis, eletroeletrônicos e alimentos, gerando ganho de participação de mercado das redes de maior produtividade.

Em 2004, as 10 maiores redes de farmácias detinham cerca de 20 por cento do mercado, apesar de terem uma produtividade de 6 a 8 vezes superior às farmácias independentes, que "se viabilizavam concorrencialmente em parte devido a práticas informais como o não recolhimento de ICMS e o não cumprimento da regulamentação referente ao armazenamento de remédios ou à contratação de farmacêuticos", disse o estudo.

Entre 2004 e 2012, essas redes ganharam quase 15 pontos percentuais de participação de mercado, elevando, ao mesmo tempo, a produtividade medida pela receita obtida por loja.

Nos subsetores de materiais de construção e vestuário, as redes de alta produtividade apresentaram produtividade maior do que a média do mercado e também ganharam participação.

A análise da McKinsey apontou, contudo, que a informalidade ainda é grande nesses segmentos, afetada pela alta fragmentação das cadeias produtivas.

Antes do início do evento, Rocha, da Riachuelo, disse à Reuters que 2015 deverá ser um ano de consolidação do varejo, com as redes de maior musculatura mantendo planos de investimento para ganhar participação de mercado. 

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