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Lucro da Net cai 76% no 3o tri por efeito contábil

A Net terminou setembro com uma base de clientes de 4,065 milhões, um aumento anual de 12 por cento

Videowall na entrada da sede da Net: forte queda nos lucros (Lia Lubambo/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2010 às 10h28.

São Paulo - A Net, maior operadora de TV por assinatura do Brasil, encerrou o terceiro trimestre com uma queda de 76 por cento no lucro líquido em relação ao mesmo período de 2009, resultado afetado por efeitos contábeis e tributários.

A companhia divulgou lucro líquido de 72 milhões de reais contra um ganho um ano antes de 298 milhões de reais, quando foi beneficiada por créditos fiscais gerados por incorporações de subsidiárias.

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O lucro antes de antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) foi de 369 milhões de julho a setembro, 14 por cento maior que os 323 milhões de reais em igual período de 2009. A margem, enquanto isso, se manteve em 27 por cento.

A companhia terminou setembro com uma base de clientes de TV paga de 4,065 milhões, um incremento anual de 12 por cento. Já os assinantes de banda larga cresceram 19 por cento, a 3,329 milhões, enquanto os usuários de telefonia avançaram 20 por cento, para 2,98 milhões. Na banda larga, metade da base tem velocidades consideradas altas pela empresa, de 3 megabits por segundo.

Segundo o diretor de relações institucionais da Net, Marcio Miyakava, a companhia "não viu nenhuma discrepância entre as regiões onde opera. Foi uma recuperação generalizada".

O executivo disse ainda: "ainda não vejo guerra de preços declarada no mercado. Vemos uma recuperação de vendas em função de nossa reorganização interna e em função do novo portfólio (de produtos)", ao comentar sobre a competição no mercado de TV paga durante teleconferência para analistas.

O crescimento da base se deu também com um ligeiro incremento de 2 por cento na receita média por domicílio (Arpu, na sigla em inglês), para 137,03 reais.

Com isso, a receita líquida da operadora que integra os planos de expansão latino-americana do grupo de telecomunicações do bilionário mexicano Carlos Slim cresceu 16 por cento, para 1,38 bilhão de reais.

Após a operação em que a Embratel, empresa que faz parte do grupo de Slim, teve sucesso em comprar no início do mês ações preferenciais da Net, num desembolso de 3,3 bilhões de reais, o presidente da operadora de TV paga, José Felix, ressaltou que o controle da Net não mudou e que o dia-a-dia das operações "continua o mesmo".

A dívida líquida da empresa fechou o terceiro trimestre em 1,3 bilhão de reais, uma alta de 26 por cento.

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