Instalações da Klabin: em todo o ano de 2020, a Klabin registrou prejuízo de R$ 2,389 bilhões revertendo lucro de R$ 715 milhões no ano anterior. (Germano Lüders/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 09h24.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 14h37.
O lucro líquido da Klabin mais do que dobrou no quarto trimestre de 2020 ante o mesmo período de 2019, chegando a R$ 1,327 bilhão (+110%). A companhia, no entanto, não conseguiu recuperar as perdas que vinha acumulando durante os outros trimestres, quando foi afetada com a pandemia de covid-19 e a queda no preço da commodity. Em todo o ano de 2020, a Klabin registrou prejuízo de R$ 2,389 bilhões, revertendo lucro de R$ 715 milhões no ano anterior.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 1,312 bilhão no quarto trimestre de 2020, alta de 36% na comparação com o mesmo período de 2019. Em todo o ano de 2020 o Ebitda atingiu R$ 4,906 bilhões, ante R$ 4,322 bilhões em 2019, uma alta de 14%.
De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira, 10, a receita líquida da companhia entre outubro e dezembro de 2020 foi de R$ 3,292 bilhões, alta de 22% na comparação com o mesmo período de 2019. No ano, o avanço é de 16%, para R$ 11,949 bilhões.
"A Klabin apresentou um conjunto decente de resultados que atendeu às expectativas", afirma Bruno Lima, analista-chefe de renda variável da EXAME Research. "O negócio de papel da Klabin registrou mais um trimestre forte, mas com embarques um pouco menores. A queda foi explicada principalmente por menores volumes de papelão revestido, com as exportações caindo 25%", diz.
O analista também ressalta o desempenho na unidade de celulose. "As obras de manutenção da Puma impactaram o resultado geral, com custos mais elevados e volumes menores." Neste ano, porém, não deve haver parada para manutenção, com a próxima programada apenas para 2022.
No relatório de resultados, a Klabin informa que, assim como no trimestre anterior, no quarto trimestre de 2020 foi observada no mercado brasileiro uma forte retomada de demanda em setores que haviam sido impactados pela crise do coronavírus, como por exemplo o de materiais de construção e alguns mercados de bens duráveis.
A Companhia diz que aliado ao seu "ótimo desempenho operacional" o posicionamento comercial da empresa para o atendimento tanto desses mercados quanto aos de primeira necessidade, como alimentos e higiene e limpeza, impulsionaram os resultados no período.