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Lucro da Disney supera estimativas e unidade ESPN é destaque

As vendas aumentaram 9,1 %, para US$ 13,5 bilhões, no período que terminou no dia 3 de outubro, contra estimativas de US$ 13,6 bilhões


	Otimismo na Disney: as vendas aumentaram 9,1 %, para US$ 13,5 bilhões, no período que terminou no dia 3 de outubro, contra estimativas de US$ 13,6 bilhões
 (Divulgação/Disney)

Otimismo na Disney: as vendas aumentaram 9,1 %, para US$ 13,5 bilhões, no período que terminou no dia 3 de outubro, contra estimativas de US$ 13,6 bilhões (Divulgação/Disney)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2015 às 12h14.

São Paulo - Walt Disney Co., que desencadeou uma corrida para venda nas ações do setor de mídia três meses atrás com um alerta sobre a perda de assinantes do ESPN, registrou ganhos no quarto trimestre fiscal que superaram as estimativas dos analistas devido a um incremento no lucro com os canais de TV a cabo e os filmes.

Os lucros subiram para US$ 1,20 por ação, excluindo itens, disse a Disney, que tem sede em Burbank, na Califórnia, na quinta-feira, em um comunicado.

O valor superou a média de US$ 1,14 das estimativas de 28 analistas. As vendas aumentaram 9,1 %, para US$ 13,5 bilhões, no período que terminou no dia 3 de outubro, contra estimativas de US$ 13,6 bilhões. Alguns analistas esperavam que o negócio de parques da empresa tivesse uma receita ligeiramente mais elevada.

Os resultados acompanham os relatórios da Time Warner Inc. e da 21st Century Fox Inc., que foram publicados nesta semana e reacenderam os temores dos investidores de que o setor de TV paga possa estar perdendo terreno para serviços de streaming de custo mais baixo, como o oferecido pela Netflix Inc.

As ações do setor de mídia despencaram, assim como ocorreu em agosto, quando a Disney reduziu a projeção de crescimento do lucro a longo prazo de canais de cabo, como ESPN. Desta vez, os canais de cabo foram um destaque positivo para a Disney.

A empresa vem cortando custos, mais notavelmente em seus canais de esportes ESPN, que eliminaram quase 300 empregos no mês passado.

A Disney também lançou no Reino Unido o DisneyLife, um serviço on-line de US$ 15 ao mês que exibe filmes e programas de TV de arquivo para crianças. A empresa planeja expandir esse serviço na Europa.

“Estamos muito orgulhosos desses produto”, disse o CEO Bob Iger em uma teleconferência com analistas. “Definitivamente isso mostra para onde estamos indo como empresa e nós vemos oportunidades para ampliar o conceito em outros mercados e talvez com outras marcas no futuro”.

TV

Os canais de cabo, fontes de tanta preocupação dos investidores nos últimos meses, aumentaram seu lucro em 30 %, para US$ 1,66 bilhão, liderados pelo ESPN, cuja receita avançou 12 %, para US$ 4,25 bilhões, disse a Disney. A empresa computou taxas de afiliação e receitas de publicidade mais elevadas e disse que ganhou assinantes com a adição da SEC Network no trimestre cheio. Os índices de audiência caíram, e os custos de programação subiram.

Os lucros da divisão de transmissão ABC subiram 1 %, para US$ 164 milhões, e a receita aumentou 10 %, para US$ 1,58 bilhão.

Parques e resorts

A divisão de parques e resorts da Disney registrou um incremento de 7 % no lucro, para US$ 738 milhões, e a receita avançou 10 %, para US$ 4,36 bilhões. Os parques nos EUA atraíram um número mais elevado de clientes e eles gastaram mais quando chegaram, disse a empresa.

A baixa frequência na Hong Kong Disneyland, os custos mais elevados na Disneyland Paris e os custos pré-inauguração do Shanghai Disney Resort contiveram o crescimento do lucro da divisão. As novas atrações nos parques da Disney aumentarão o gasto total de capital em US$ 800 milhões no ano fiscal 2016, disse a empresa.

Cinema e merchandising

A receita com entretenimento cinematográfico ficou estável em US$ 1,78 bilhão. O lucro dobrou para US$ 530 milhões com base no crescimento da TV e dos vídeos por streaming, menos amortizações de perdas com filmes que não fizeram sucesso, resultados mais fortes nas salas de cinema e uma participação maior da receita de bens de consumo obtida pelas mercadorias relacionadas a filmes.

A divisão de bens de consumo aumentou as vendas em 11 %, para US$ 1,2 bilhão, enquanto o lucro foi 10 % mais elevado, de US$ 416 milhões. A divisão interativa obteve um lucro de US$ 31 milhões sobre uma receita 4 % mais baixa.

Os resultados não incluem as vendas de mercadorias de “Star Wars: O Despertar da Força”, embora esses brinquedos e assessórios tenham saído à venda no dia 4 de setembro. As regras de contabilidade exigem que a empresa espere o lançamento do filme, em dezembro, para contabilizar os resultados, disse Christine McCarthy, diretora financeira da Disney, na conferência.

O lucro líquido do trimestre, incluindo uma despesa de US$ 399 milhões relacionada ao resgate da Disneyland Paris, aumentou 7,3 %, para US$ 1,61 bilhão, ou US$ 0,95 por ação, disse a Disney.

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