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Lucro da Cosan sobe mais de 17 vezes e soma R$ 281,6 milhões

A Cosan divulgou lucro líquido de R$ 281,6 milhões no segundo trimestre, aumento de mais de 17 vezes em relação ao mesmo período do ano passado


	Cosan: o Ebitda da empresa aumentou 56,5% no segundo trimestre, para R$ 1,289 bilhão
 (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Cosan: o Ebitda da empresa aumentou 56,5% no segundo trimestre, para R$ 1,289 bilhão (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2016 às 09h28.

Ribeirão Preto - A Cosan relatou lucro líquido de R$ 281,6 milhões no segundo trimestre de 2016, aumento de 13,2% ante o trimestre anterior, de R$ 248,7 milhões, e mais de 17 vezes superior aos R$ 16,4 milhões de igual período de 2015.

O resultado considera a consolidação de 50% dos resultados da Raízen Combustíveis e da Raízen Energia.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,289 bilhão, alta de 56,5% na comparação com os R$ 823,8 milhões de Ebitda do segundo trimestre do ano passado. Sobre R$ 1,531 bilhão de Ebitda do primeiro trimestre de 2016, houve recuo de 15,8%.

Já o Ebitda ajustado, que exclui os efeitos pontuais incorridos no segundo trimestre deste ano, ficou em R$ 997,6 milhões, avanço de 30,3% sobre os R$ 765,4 milhões do período de abril a junho do ano passado. Ante primeiro trimestre de 2016, o Ebitda ajustado recuou 14,1%.

"O principal responsável pelo crescimento do Ebitda ajustado (sobre igual trimestre de 2015) foi a antecipação do início da moagem na safra 2016/17 (de cana-de-açúcar), que gerou um aumento da quantidade de cana moída no trimestre e, consequentemente, uma maior disponibilidade de produto próprio para venda com melhores preços. Na Raízen Combustíveis, a expansão da rede de postos revendedores sustentou uma performance de vendas acima da média do mercado, combinada com otimização das estratégias de suprimentos e comercialização", informou a companhia.

A receita líquida da companhia do setor de energia renovável e de comércio de combustíveis passou de R$ 10,105 bilhões para R$ 11,457 bilhões, alta de 13,4% se comparados os segundos trimestres de 2015 e 2016. Já sobre a receita líquida do primeiro trimestre deste ano, de R$ 11,790 bilhões, houve uma queda de 2,8%.

O Capex da Cosan chegou a R$ 411 milhões no segundo trimestre do ano, aumento de 3,9% em relação ao mesmo período de 2015 e recuo de 31,4% na comparação com os primeiros três meses deste ano.

Endividamento

A dívida líquida da Cosan ao final do segundo trimestre de 2016 era de R$ 11,381 bilhões, aumento de 5,9% ante o trimestre equivalente de 2015, quando a cifra era de R$ 10,749 bilhões.

Na comparação com o primeiro trimestre, a dívida líquida subiu 3,6%. A alavancagem no segundo trimestre deste ano passou para 2 vezes ante 2,9 vezes do segundo trimestre de 2015 e 2,1 vezes do primeiro trimestre de 2016.

A geração de caixa entre abril e junho de 2016 foi de R$ 41,5 milhões, queda de 89% na comparação anual e de 93,2% na comparação trimestral. A Cosan relatou ainda R$ 290 milhões de dividendos distribuídos no segundo trimestre, ante R$ 125 milhões em igual período de 2015 e R$ 285 milhões no primeiro trimestre de 2016.

Venda de combustíveis

As vendas totais da Raízen Combustíveis, joint venture entre Shell e Cosan, foram de 6,158 bilhões de litros no segundo trimestre de 2016, alta de 0,6% ante os 6,123 bilhões de litros comercializados nos mesmos meses de 2015. Ante o primeiro trimestre do ano, houve alta de 2% sobre os 6,035 bilhões de litros.

Na comparação anual, a maior expansão se deu com as vendas de gasolina, que subiram 8,6%, para 2,122 bilhões de litros, seguida de diesel (2,5%, para 2,719 bilhões de litros).

As vendas de etanol recuaram 18,2%, para 707 milhões de litros, enquanto que as de combustível de aviação diminuíram 7,9%, para 526 milhões de litros entre os segundos trimestres de 2015 e 2016.

Já sobre o primeiro trimestre deste ano, houve queda nas vendas de gasolina, de 1,5%, e do suprimento para aviação (-10,7%), enquanto as vendas de etanol cresceram 5,8% e as de diesel, 7,1%.

A Raízen Combustíveis atribui o aumento das vendas de etanol e queda das de gasolina entre o primeiro e o segundo trimestres aos preços mais vantajosos do combustível de cana-de-açúcar.

Conforme a empresa, o custo dos produtos vendidos da unidade de negócio somou R$ 15,7 bilhões no segundo trimestre deste ano, alta de 10,8% na comparação anual e leve alta de 1% na comparação trimestral.

Segundo a Raízen Combustíveis, o aumento sobre igual período do ano passado ocorreu "principalmente pelo aumento dos custos dos produtos, bem como aumento dos gastos de logística em função da estratégia de suprimento da companhia", informou.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Raízen Combustíveis totalizou R$ 661,3 milhões de abril a junho deste ano, altas de 28,5% ante o segundo trimestre de 2015 e de 14,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2016.

O Ebitda ajustado foi de R$ 596,7 milhões no segundo trimestre de 2016, alta de 17,5% na comparação anual e de 1,1% sobre o primeiro trimestre.

A receita líquida da unidade ficou em R$ 16,5 bilhões, aumento de 11,4% ante o mesmo período de 2015 e estável ante o primeiro trimestre deste ano.

Os investimentos da Raízen Combustíveis foram de R$ 225,8 milhões. Ao final de junho, a empresa tinha 5.832 postos, ante 5.464 postos no segundo trimestre do ano passado.

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