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Lucro da CCR cai quase 7% no terceiro trimestre

Administradora de concessões de infraestrutura registrou lucro líquido de R$ 340 milhões no período em comparação com o último ano

CCR: empresa divulgou o balanço com resultados do terceiro trimestre de 2019 nesta segunda-feira (28) (Mauricio Simonetti/Exame)
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Reuters

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 20h27.

São Paulo — A aceleração dos dados de tráfego deu impulso ao resultado operacional da CCR no terceiro trimestre, mas a última linha do balanço foi impactada pelo cálculo de maiores perdas com a MSVia, braço da empresa no Mato Grosso do Sul.

A administradora de concessões de infraestrutura anunciou nesta segunda-feira que teve lucro líquido de 340,2 milhões de reais no período, queda de 6,9% ante mesma etapa de 2018. O número veio abaixo da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de 445,1 milhões de reais.

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O resultado operacional da CCR medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou 1,53 bilhão de reais, aumento de 21,4% ano a ano. A margem Ebitda subiu 3,2 pontos percentuais, para 63,4%.

Essa evolução refletiu o crescimento de 15,3% da receita líquida, para 2,41 bilhões de reais. De julho a setembro, o tráfego consolidado cresceu 6%, influenciando pelo início das operações da ViaSul. Usando bases comparáveis, o crescimento foi de 2%.

De todo modo, o Ebitda também foi menor do que a previsão média dos analistas da Refinitiv, de 1,63 bilhão de reais.

Segundo o diretor de relações com investidores da CCR, Arthur Piotto, os resultados do terceiro trimestre já eliminam os efeitos não recorrentes derivados da greve dos caminhoneiros, em maio do ano passado, que prejudicaram fortemente a atividade econômica do país.

De acordo com o relatório de resultados, a isenção dacobrança de eixos suspensos dos caminhões vazios, uma das consequências da greve, representaram perda de receita de pedágio de cerca de 88,1 milhões de reais no trimestre e de 392,1 milhões de reais desde o início das isenções.

A decisão, que impacta as concessionárias de rodovias, é passível de reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos. Segundo Piotto, as conversas a respeito estão em andamento, mas ainda não há previsão para a aplicação desse ajuste.

Ainda segundo Piotto, a CCR deve fechar 2019 com investimentos totais de 1,7 bilhão de reais, ante previsão inicial de 2,2 bilhões de reais para o período.

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