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Lucro da AmBev cresce 47,5% no 3o tri

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização encerrou o período em 2,653 bilhões de reais

Fábrica da AmBev em Jacareí, São Paulo: lucro da empresa aumentou (Heudes Regis/EXAME)

Fábrica da AmBev em Jacareí, São Paulo: lucro da empresa aumentou (Heudes Regis/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 07h13.

São Paulo - A fabricante de bebidas AmBev anunciou nesta quarta-feira que encerrou o terceiro trimestre com salto de 47,5 por cento no lucro líquido em relação ao obtido um ano antes, para 1,815 bilhão de reais.

Já no acumulado dos nove primeiros meses do ano, o lucro líquido da empresa somou 4,97 bilhões de reais, alta de 18,6 por cento.

O resultado, segundo a companhia, foi apoiado em incremento do volume de vendas no Brasil, que foi de 12 por cento entre julho e setembro. Essa expansão, por sua vez, decorreu do aumento do volume de cerveja, cujo crescimento foi de 12,5 por cento no terceiro quarto do ano. Enquanto isso, as vendas de refrigerantes e não-alcoolicos avançaram 10,4 por cento na relação anual.

"No Brasil os fundamentos macroeconômicos positivos continuam a dar suporte ao crescimento da indústria. Além disso, o sucesso das nossas inovações e ganhos de market share em comparação com 2009 continuaram alavancando o crescimento do volume de cerveja", afirma a AmBev no demonstrativo de resultados.

Contribuiu para o resultado também o desempenho financeiro. A empresa teve um resultado financeiro líquido positivo de 48 milhões de reais no terceiro trimestre contra perda de 243,1 milhões de reais um ano antes.

O volume de vendas global cresceu 8,1 por cento no terceiro trimestre, sendo que a região chamada pela empresa de "HILA-Ex" (operações no norte da América Latina) respondeu por uma alta de 4,1 por cento e a América Latina Sul, por um avanço de 2,1 por cento. O volume, contudo, foi parcialmente afetado por uma queda de 5,4 por cento no Canadá.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) encerrou o período em 2,653 bilhões de reais, alta de 11,8 por cento. A margem passou de 43,8 para 44,4 por cento.

Apesar do aumento das vendas, a HILA-Ex registrou Ebitda negativo de 21 milhões de reais no período, impactada pela queda no volume de cerveja na Venezuela, onde as operações continuam "desafiadoras", conforme a empresa.

No final de agosto a AmBev anunciou a integração de suas operações às da venezuelana Cerveceria Regional. Com a conclusão do negócio, ocorrida em 20 de outubro, a AmBev passou a deter 15 por cento da Regional, cujos resultados devem ser incorporados ao balanço no quarto trimestre.

De julho a setembro, a receita por hectolitro no Brasil totalizou 145,7 milhões de reais, alta de 6 por cento ano a ano.

Se considerada apenas a receita por hectolitro de cerveja, houve expansão de 6,2 por cento, somando 162,3 milhões de reais, "devido aos nossos aumentos de preço em linha com a inflação e ao impacto positivo do aumento na distribuição direta".

A receita por hectolitro da operação de refrigerantes e não-alcoólicos cresceu 3,9 por cento no terceiro trimestre, a 97,2 milhões de reais.

A AmBev informou ainda que, nos nove meses até setembro, os investimentos realizados estão próximos de 1,5 bilhão de reais. Até dezembro, a empresa estima concluir o plano de 2 bilhões de reais aportados no país.

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