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Louis Vuitton estuda vender fabricante de bebidas Moët

Transação garantiria verba para investimentos em marcas como Gucci e Hermès

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A LVMH, holding francesa de artigos de luxo como a Louis Vuitton, demonstrou interesse em vender toda ou uma fatia da participação que detém na Moët Hennessy, fabricante de bebidas que possui algumas das marcas de champagne mais famosas do mundo, como Moët & Chandon e Veuve Clicquot. De acordo com o jornal britânico Financial Times, o grupo francês ofereceu a empresa à Diageo, que produz o uísque Johnnie Walker e a vodca Smirnoff, entre outros. A Diageo detém 34% da Moët Hennessy.

Segundo o FT, uma pessoa próxima às negociações afirmou que a LVMH, controlada pelo empresário Bernard Arnault, chegou a ter algumas discussões informais com a Diageo a fim de chegar a um valor para a venda. No ano passado, o faturamento da Moët Hennessy caiu 3%, para 3,13 bilhões de euros (cerca de 4 bilhões de dólares), devido ao desaquecimento da economia, principalmente no mercado de luxo. Especialistas estimam que a empresa pode valer quase três vezes essa cifra.

Com a transação, a LVMH obteria recursos para ampliar os investimento no segmento da moda. O grupo já é dono de grifes de luxo como Louis Vuitton, Fendi, Donna Karan e Marc Jacobs. Pessoas familiarizadas com a negociação afirmam que, entre os potenciais alvos, estão marcas como Gucci e Hermès.

Além disso, observadores acreditam que o vínculo de empresas do setor de moda com bebidas alcoólicas pode acabar prejudicando a imagem da LVMH. O grupo francês detêm dois terços da Moët Hennessy. Nas últimas duas décadas, as empresas estabeleceram uma série de parcerias de distribuição, envolvendo sobretudo as marcas de uísque e gim da Diageo e as champagne e conhaque da Moët Hennessy.
 

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